O Ministério Público Eleitoral (MPE) requisitou, na terça-feira (5), que a Delegacia de Polícia Federal (PF), em Rondonópolis, instaure inquérito policial para apurar suposto crime de difamação que teria sido cometido pelo diretor-geral do Sanear, Paulo José (PSB), contra o ex-prefeito Adilton Sachetti (Republicanos). Os dois se articulam para disputar o Paço Municipal na eleição de outubro deste ano.
Assinado pelo promotor da Justiça Eleitoral Augusto César Fuzaro, o requerimento foi encaminhado para o delegado da PF de Rondonópolis, Otávio José Lima de Oliveira.
“São imprescindíveis maiores esclarecimentos, principalmente para ouvir o representado”, diz trecho do documento encaminhado pelo MPE à delegacia da PF de Rondonópolis.
“O Ministério Público encaminhará cópia integral do procedimento de notícia de fato para requisitar a instauração do inquérito policial eleitoral para a Delegacia de Polícia Federal de Rondonópolis/MT”, diz o promotor em outro trecho.
Conforme noticiou o A TRIBUNA, o atrito entre os dois pré-candidatos a prefeito de Rondonópolis ocorreu após Paulo José, que é o nome defendido pelo atual prefeito Zé Carlos do Pátio para a sua sucessão, disparar, durante reunião política realizada no último dia 23 de janeiro, no Nova Era, que o deputado Thiago Silva “vende a alma ao diabo”, ao buscar fechar uma aliança com o ex-prefeito Adilton Sachetti (Republicanos) pelo comando do Palácio da Cidadania.
Além disso, Paulo José teria afirmado que Sachetti foi o responsável pela demolição da casa de uma líder comunitária, em 2008, época em que o republicano era prefeito da cidade.
Em resposta às declarações de Paulo José, Adilton apresentou uma queixa-crime ao Ministério Público Eleitoral (MPE) em desfavor do presidente do Sanear, acusando-o de crimes contra a honra e fake news.
No último dia 22 fevereiro, como também noticiou o A TRIBUNA, a juíza eleitoral Aline Luciane Ribeiro Viana Quinto Bissoni julgou improcedente a representação movida pelo ex-prefeito Adilton Sachetti em desfavor de Paulo José, por calúnia, difamação e fake news.
Em seguida, a defesa de Sachetti recorreu ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) contra a decisão da Justiça Eleitoral de Rondonópolis, com o intuito de reformar a decisão da magistrada titular da 46ª Zona Eleitoral de Rondonópolis.