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Em meio à polêmica: Rumo conclui 3 quilômetros de trilhos em Rondonópolis

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Com a liminar concedida pela Justiça, a empresa pode dar continuidade na obra e concluir estes primeiros quilômetros da linha tronco (Foto – Divulgação)

Em meio à polêmica causada pela alteração do traçado em solo rondonopolitano para a expansão da ferrovia estadual Senador Vuolo até o norte do Estado, a Rumo anunciou que concluiu, nesta semana, a construção de 3 quilômetros de trilhos.

Segundo a empresa, a construção vai viabilizar o início do recebimento de materiais, via modal ferroviário, para a execução da nova ferrovia, que conectará o sudeste de Mato Grosso à Cuiabá e ao Médio-Norte.

O avanço da obra iniciada ano passado, que prevê a construção de uma linha férrea superior a 700 km, só foi possível após a empresa conseguir autorização da Justiça para seguir executando um traçado diferente do que havia solicitado inicialmente e que foi alvo de questionamentos da comunidade rondonopolitana.

A alteração na rota de expansão dos trilhos se tornou de conhecimento público, pela primeira vez, no início de junho passado, através de uma reportagem publicada pelo A TRIBUNA, na qual o professor doutor da Universidade Federal de Rondonópolis (UFR), Aguinaldo Rocha, alertou que com este novo traçado os trilhos iriam passar praticamente dentro do perímetro urbano do município, em bairros da região Salmen, como o Maria Amélia.

Após movimentação e pressão de segmentos da sociedade civil organizada para tentar impedir a aproximação dos trilhos da cidade, houve primeiro um embargo da licença de uso e ocupação por parte da prefeitura, em novembro do passado.

Dias após, a empresa conseguiu uma liminar derrubando a decisão administrativa do prefeito Zé Carlos do Pátio (PSB) que havia embargado a obra.

Depois, no início deste ano, a empresa teve que superar o obstáculo criado pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), que aprovou em dezembro passado um decreto, de autoria dos deputados Thiago Silva (MDB), Cláudio Ferreira (PL), Nininho (PSD) e Sebastião Rezende (UB), para sustar os efeitos da Licença de Instalação 7612/2023 emitido pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema), que autorizava a mudança do traçado do projeto original da Ferrovia Estadual em Rondonópolis.

Após a promulgação do decreto sustando a licença da Sema, o governador Mauro Mendes (UB) conseguiu no Tribunal de Justiça de Mato Grosso suspender o decreto da ALMT, no último dia 16 de janeiro.

Com a liminar concedida pela Justiça, a empresa pode dar continuidade na obra e concluir estes primeiros quilômetros da linha tronco e de uma linha auxiliar de descarga de insumos, após um ano do início do serviço de terraplanagem e a construção de um viaduto.

“Esses primeiros trilhos simbolizam um novo capítulo na história da infraestrutura nacional. Mesmo sendo uma autorização estadual, a Ferrovia Senador Vicente Emílio Vuolo nasce com a vocação de impactar a economia nacional, ao construir um dos modais logísticos mais eficientes para o estado, que é símbolo do agronegócio”, analisa Harley Silva, gerente executivo de implantação de obras ferroviárias da Rumo.

Análises do Observatório da Indústria da FIEMT (Federação das Indústrias de Mato Grosso) apontam “choque” de desenvolvimento na fase de implantação dos trilhos entre o Sudeste, Capital e Médio-Norte do Estado.

 

 

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Somente na fase de construção do empreendimento estima-se a geração de 186 mil empregos em Mato Grosso. Desse total, 105 mil devem ser diretos, 41 mil indiretos e 40 mil induzidos.

“Essa transformação está em andamento. Somando os profissionais envolvidos na construção do primeiro viaduto ferroviário de Rondonópolis e mais a quantidade de trabalhadores mobilizados nas etapas atuais, já mobilizamos neste primeiro ano mais de 1.200 profissionais”, comenta Tiago Proba, gerente de cultura, atração, diversidade e marca empregadora da Rumo. (Com informações da assessoria)


Nesta segunda: Reunião na AL com a Rumo discute traçado da ferrovia no município

Reportagem

Os impactos da alteração do traçado da ferrovia no município de Rondonópolis serão discutidos na próxima segunda-feira (26), pelos deputados estaduais e diretores da Rumo.

Convocada pelo presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (UB), a reunião acontece às 9h, no Palácio Dante Martins de Oliveira, sede do parlamento estadual, em Cuiabá.

“Nesta reunião do dia 26, vamos continuar a cobrar e trabalhar para encontrar uma solução para este problema, pois a ferrovia é uma obra importante para Rondonópolis e para Mato Grosso”, ressaltou o deputado Cláudio Ferreira, lembrando que foi um dos primeiros parlamentares a propor a suspensão da licença que autorizou a obra até que os debates com a sociedade fossem realizados e o estudo apresentado pela empresa.

“Defendemos a necessidade de conciliação na decisão sobre o traçado apresentado pela empresa Rumo. Reconhecemos a importância do setor privado, sem o qual Mato Grosso não seria tão próspero. Contudo, defendemos a atuação transparente e ordeira das instituições privadas e públicas. Definir ou alterar o traçado de forma unilateral, sem ouvir as pessoas, o Legislativo e sem um estudo efetivo de impactos gera consequências ruins para o município”, observou o parlamentar. (Com informações da assessoria)

 

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4 COMENTÁRIOS

    • Estas “interferências” do executivo municipal quer dizer: cadê o meu $$$$$ ???? Vocês acham que é assim? Sem dar o meu??? Esquwrda maldita.

  1. O dia que um tanque de dissel tobar no meio do bairro e matar um monte de moradores, quero só ver a desculpa que o nosso governador vai dar. Imagina o acidente do Paraná na cidade Rolandia ocorrendo às margens do bairro com combustível.
    Só a irresponsável administração da RUMO pra não entender o risco que estará causando.
    Depois da tragédia dá jma migézinha e tá tudo certo..
    Povo que se dane!

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