Construção da ferrovia, sim, mas somente com a aprovação pela Assembleia Legislativa. Isto é o que estabelece o Projeto de Decreto Legislativo aprovado em 13 de dezembro e que será promulgado nesta quinta-feira (11) pelo presidente do Legislativo, Eduardo Botelho (União), num ato em seu gabinete, com a participação da bancada rondonopolitana composta por Nininho (PSD), Sebastião Rezende (União), Cláudio Ferreira (PL) e Thiago Silva (MDB).
Essa legislação estabelece que os trilhos não sofrerão alteração de trajeto sendo mantidos distantes de Rondonópolis como estabelece o traçado original.
A definição quanto à promulgação foi tomada ontem (8) por Botelho, depois dos pronunciamentos da bancada rondonopolitana na sessão ordinária matutina, cobrando o mesmo.
Quando entrar em vigor, o decreto terá força de lei. Continuará cabendo à Secretaria de Meio Ambiente (Sema) a concessão de licença para obras na Ferrovia Senador Vicente Vuolo, entre Rondonópolis e Cuiabá, e entre Rondonópolis e Lucas do Rio Verde, mas todos seus atos nessa esfera terão que receber a chancela da Assembleia Legislativa.
A Rumo, que é a detentora da concessão dessa que será a primeira ferrovia estadual brasileira, teria alterado o traçado por ela apresentado quando disputou o direito de exploração desse corredor ferroviário.
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A construção dos trilhos a partir de Rondonópolis preocupa autoridades e moradores do município; durante algum tempo essa obra esteve no centro do noticiário, e em novembro do ano passado, levou o prefeito Zé Carlos do Pátio (PSB) a revogar a Certidão de Uso e Ocupação do Solo pela Rumo, porém, um mês depois, o juiz Aroldo José Zonta Burgarelli, da 2ª Vara Especializada da Fazenda Pública de Rondonópolis, liberou a construção.
Thiago Silva lamentou o cenário e afirmou que a Rumo não respeita Rondonópolis. Sebastião Rezende destacou que a proximidade da linha férrea com a zona urbana atingirá diretamente os bairros Jardim Ana Clara, Pedra 90, Rosa Bororo, Maria Amélia, Vila Olinda e o Parque Universitário, e indiretamente toda a cidade.
Nininho observou que às vezes a cidade avança rumo aos trilhos, mas que em Rondonópolis a Rumo quer o contrário: avançar sobre a cidade. Cláudio pediu urgência na promulgação.
Os quatro integrantes da bancada rondonopolitana deixaram claro que são favoráveis à ferrovia, mas que não aceitam que a mesma prejudique a zona urbana de Rondonópolis. Imediatamente após a promulgação a Assembleia notificará a secretária de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti, a direção da Rumo e as Prefeituras no trajeto.
E depois perguntam porque demorou 20 anos para a ferrovia chegar de Alto Taquari pra Rondonópolis. Quanta frescura, se uma rota curta é melhor e a empresa garante realocar as pessoas que inclusive estão em um local que nem estavam antes. Deveria deixar a obra rodar e pronto.