Criado em 2011 em nível nacional, o Partido Novo terá dois candidatos de Rondonópolis a deputado federal nessa eleição. Os dois concorrem pela primeira vez e defendem a bandeira da diminuição do Estado e o corte de regalias no serviço público. Eles visitaram o A TRIBUNA para falar das suas candidaturas neste pleito.
Um dos nomes que se lançou na disputa é o servidor público estadual e administrador, Gilberto Roque Geremia, 61 anos, que disputa uma eleição pela primeira vez. Sobre o que o levou à candidatura, ele diz que a sua principal motivação seria o descontentamento com a forma como a política é feita atualmente.
“Eu resolvi sair da indignação, da reclamação, e colocar meu nome. Para mudar, seguindo a filosofia do Novo, que é colocar gente nova, sem dinheiro e sem o Fundo Eleitoral”, explicou.
Em caso de eleito, ele diz que pretende atuar para diminuir a burocracia e o tamanho do estado. “Pretendo trabalhar pela simplificação da vida das pessoas e das empresas, redução da carga tributária, redução do Estado. Essas pautas liberais”, completou Gilberto Roque Geremia.
Questionado sobre se isso não significaria uma diminuição dos serviços públicos prestados à população, ele defende que não. “A saúde, segurança e educação são essenciais, o estado tem que tocar. Isso tem que ser trabalhado e aprofundado. O estado focaria nessas três áreas primordiais, que são áreas do governo. Largaria as empresas estatais, informatizaria o estado para ele trabalhar com mais facilidade. Hoje é tudo muito burocrático, engessado, travado”, completou.
A mesma receita é defendida pelo outro candidato do partido na cidade, que é o advogado Arthur Bosco Oliveira Lopes, que é mais conhecido como Arthur do Novo, 31 anos. “Parei de ficar reclamando online e vim para o mundo real onde tudo acontece”, externou.
———— CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE ————————————————————————————————
Sobre suas propostas para o possível mandato de deputado federal, ele reforça que pretende trabalhar por um estado menor e mais eficiente. “A ideia é diminuir o inchaço do estado. O estado pode ser pequeno e eficiente. Ninguém disse que o estado tem que ser grande e ineficiente. Então, um estado grande não necessariamente é eficiente. E é justamente isso que a gente está propondo”, afirmou o candidato.
Para tanto, Arthur do Novo defende a extinção de cargos do serviço público que considera inúteis. “Quando digo isso, não estou criticando o médico e a enfermeira que realmente trabalham. Em última análise, quem é que determina o que é o SUS hoje: políticos. E é isso que eu quero modificar. Quero tirar essa administração dessas pessoas que mal sabem o que é saúde, porque esses políticos que vivem lá em Brasília e, até mesmo o secretário de Saúde, não sabem o que acontece dentro de um posto de saúde”.
Ele completa defendendo diminuir custos do estado, cortando regalias e privilégios de servidores públicos. “O estado não nasceu para transformar servidor público em milionário. Nasceu para servir ao cidadão”, concluiu.