A primeira passarela para pedestres na travessia urbana da BR-364/163 virou realidade em Rondonópolis, mas muita gente ainda vem ignorando a benfeitoria e tem feito a travessia da rodovia diretamente pela pista.
São pessoas que ainda não tiveram a consciência da importância da obra e colocam a própria vida em risco. A construção da passarela no local foi uma cobrança de décadas entre a comunidade da região, sendo finalmente liberada para uso no mês de maio deste ano.
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A expectativa era de que a estrutura que custou R$ 2 milhões passasse a ser usada por toda comunidade que necessitasse atravessar a rodovia nessa região, seja a pé ou de bicicleta, mas infelizmente isso ainda não tem sido prática de muitos.
São pessoas que preferem ganhar tempo a atravessar a rodovia pela passarela, considerando que é bem mais rápido fazer a travessia pela pista do que subir e descer as rampas da estrutura. Vale lembrar que a passarela foi construída justamente para aumentar a segurança de pedestres e ciclistas nesse trecho com históricos de muitos acidentes, intenso fluxo de veículos e em alta velocidade.
Contudo, vem contribuindo com o cometimento da infração entre as pessoas o fato que a grade de proteção no meio da pista, que impede a travessia direta no trecho, se estende sentido ao Trevão por cerca de 50 metros apenas. Com a proximidade do trecho aberto, sem a grade de proteção, várias pessoas acham mais cômodo fazer a travessia pela pista.
O soldador Edijaldo Alves do Nascimento trabalha em uma empresa bem em frente onde essa grade de proteção termina e testemunha que muitas pessoas têm feito a travessia fora da passarela, principalmente idosos que têm mais dificuldade de passar pela estrutura. “É mais idoso que passa por baixo… Tem um idoso que mora do outro lado que passa de bicicleta todo dia ali”, assegura.
Edijaldo, no entanto, observa que a construção da passarela foi bem-vinda. “A passarela ficou boa, vai evitar muito acidente! Só depende da consciência das pessoas em usar a passarela. E, até depois que fizeram a estrutura, os caminhoneiros estão passando mais rápido aqui no trecho, porque tiraram o quebra-molas. Mas o povo tem preguiça de passar por cima e quer passar por baixo, o que é mais perigoso”, externou.
Em sua visita ao local, a reportagem do A TRIBUNA avistou várias pessoas deixando de fazer uso da passarela e fazendo uso da travessia pela pista, inclusive com criança. Em um dos casos, uma van que presta serviço para empresa deixou os funcionários no ponto próximo à passarela e um casal logo se dirigiu para o fim do trecho com grade, para fazer a travessia direta pela pista.
Além do risco à vida, a travessia fora da passarela também é passível de punição. O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) prevê multa para pessoas que atravessam fora da faixa de pedestres e das passarelas. O artigo 254 diz que é proibido andar fora da faixa de pedestre, da passarela e de passagem aérea ou subterrânea. Os que infringem a norma devem ser punidos com uma multa de 50% do valor de uma infração leve.
Ahh, ninguem suspeitou que o rondonopolitano, este ser evoluido, civilizado, consciente, educado e seguidor das regras, fosse atravessar fora da passarela.
É difícil de conscientizar “casca grossa”, Arrisca a própria vida.