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, 15 maio 2024
 
 

Transporte coletivo: Crise foi provocada pelo poder público, sustenta vereador

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Reginaldo Santos: “o modelo de execução do transporte não é atrativo e inviável para qualquer empresa do país” – Foto: Arquivo

 

O vereador Reginaldo Santos (Cidadania), membro da Comissão de Transporte, Trânsito e Mobilidade Urbana da Câmara Municipal, tem afirmado que parte de crise no transporte coletivo de Rondonópolis, estacionada há quase 6 anos, foi potencializada pelo próprio poder público.

De acordo com o parlamentar, o modelo de execução do transporte não é atrativo e inviável para qualquer empresa do país. Segundo Reginaldo, a gratuidade representa 33% dos usuários. A operadora ainda é obrigada a custear 50% do passe livre. “Defendo a gratuidade. É essencial para estudantes e outros públicos. Mas essa responsabilidade financeira precisa passar 100% para o poder público. A Cidade de Pedra já arca com uma carga alta de tributação, manutenção dos veículos que ultimamente deixa a desejar, com frotas antigas e com o salário dos trabalhadores. Quem tem que fazer política pública e arcar com a despesa é o Executivo. Passou da hora de cada um assumir suas competências”, disse.

O vereador ainda defende que no próximo edital de licitação a gratuidade e o passe livre sejam discriminados como obrigação total do município. “Tenho certeza que assim outras empresas comparecerão no processo. De outra forma continuará deserto. Que empresa está disposta a começar um trabalho com saldo negativo?”, questiona.

 

O legislador ainda mencionou que as principais reclamações dos usuários são a falta de regularidade de ônibus, falta de um terminal e pontos de ônibus em boas condições. “O correto seria colocar carros em horário de pico a cada 20 minutos. Nos períodos de baixa procura os veículos deveriam circular a cada 30 minutos. Em vários bairros, não existem pontos de ônibus com cobertura. Ainda tem uma questão gravíssima. Rondonópolis, uma cidade com 240 mil habitantes, não possui um terminal com estrutura de abrigo, bancos, banheiros, água potável. Aí temos duas opções. Uma é tentar uma parceria entre os setores públicos e privado para construir uma estrutura na antiga rodoviária. Outra sugestão é aproveitar a reforma da Praça dos Carreiros. Essas medidas precisam sair do papel. Hoje passageiros e trabalhadores simplesmente estão desassistidos. Situação muito grave”, lembra.

Reginaldo cobra que todos os setores da sociedade entrem no debate e ajudem com idéias para resolver o problema. “Todos nós, se somos usuários ou não de ônibus, temos interesse neste debate. Um serviço desse tipo funcionando de forma precária, influencia diretamente no trânsito. Se tivéssemos uma empresa operando a todo vapor, com 80 ônibus cortando toda a cidade, com regularidade nos horários, pontos de ônibus e terminais descentes e com qualidade, teríamos 35% de carros e motos a menos circulando pelas ruas de Rondonópolis. Num universo de 170 mil veículos rodando por ruas e avenidas faz toda a diferença. Precisamos melhorar nosso transporte coletivo e tirar o excesso de veículos das ruas”, pontua.

 

Por fim, o vereador ainda afirmou que uma empresa com carros novos e frota condizente com o número de passageiros vai naturalmente atrair usuários que se afastaram do transporte coletivo. “Não tenho dúvida, que ônibus novos, circulando em grande volume e dentro do horário vai chamar de volta muitos passageiros. É mais seguro, barato só falta oferecer um serviço de qualidade. Se acontecer uma mudança, a procura aumentará naturalmente”, garante.

Segundo pesquisa divulgada pelo Instituto Datafolha, 74% da população brasileira é a favor do transporte que estimula a redução da circulação de carros e motos nas cidades.

 

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