A Prefeitura de Rondonópolis ainda não conseguiu apresentar uma solução para a situação crítica do ecoponto do bairro Parque Sagrada Família, que está tomado por todo tipo de lixo e entulho há pelo menos duas semanas. Conforme noticiado pelo A TRIBUNA, além do acúmulo de materiais, o ecoponto também pegou fogo na última sexta-feira (3) e a fumaça incomodou os moradores da região durante todo o fim de semana. Para piorar, o local voltou a pegar fogo na noite de ontem (6). As ruas adjacentes ao ecoponto estão intransitáveis, com o lixo já se aproximando da Avenida Governador Júlio José de Campos. Quem mora na região, mal consegue trafegar para chegar até sua residência e ainda precisa conviver com a sujeira e o mau cheiro.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Até o momento, a Prefeitura só informou sobre os investimentos que estão sendo feitos para a construção de quatro ecopontos regularizados, uma solução a longo prazo, mas não explicou como a área do Sagrada Família será limpa. Vale lembrar que o ecoponto é o que mais demanda respostas no momento, por ter muitas casas próximas, mas há pelo menos outros dois outros pontos críticos de acúmulo de lixo na cidade: no Ana Carla, aos fundos da ADM, e na entrada da estrada de acesso ao Campo Limpo.
O Ministério Público foi o único a vir publicamente falar, até o momento, as medidas que estão sendo tomadas de sua parte diante do caos instalado. Segundo informado pelo promotor de Justiça Ari Madeira, que responde pela Promotoria de Meio Ambiente, a limpeza da área é difícil de se resolver pois o aterro sanitário não pode receber entulhos e o lixão da Mata Grande, que foi fechado, só pode receber galhos e restos da construção civil, ou seja, o material considerado limpo. No caso do Sagrada Família, por exemplo, os materiais estão todos misturados e não podem ser levados no momento para nenhum dos dois lugares. Para que isso aconteça, somente acordado entre todas as partes e com autorização da Justiça, uma intermediação que o MP está tentando fazer.
Ontem, no período da tarde, em uma reunião entre o Ministério Público, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, o Gabinete de Apoio à Segurança Pública (Gasp), o Serviço de Saneamento Ambiental de Rondonópolis (Sanear), a Polícia Militar Ambiental, e a empresa de Serviço de Gerenciamento de Resíduos (Seger), que administra o Aterro Sanitário de Rondonópolis, uma solução para o problema foi discutida. Pelo que foi apurado pelo A TRIBUNA, nenhuma decisão sobre a limpeza da área de forma imediata foi tomada e um novo encontro deve acontecer nesta quarta-feira (8).
FISCALIZAÇÃO
A única medida efetiva tomada até o momento com relação ao ecoponto foi o anúncio de fiscalização para coibir que pessoas continuem, irregularmente, descartando lixo domésticos e outros resíduos no local. Por meio do Gabinete de Apoio à Segurança Pública (Gasp), dois policiais estão no local, em sistema de revezamento, fazendo o monitoramento do local, bem como de outros locais críticos da cidade.