O novo secretário de Estado de Saúde de Mato Grosso, Gilberto Figueiredo (PSB), esteve ontem (2) em Rondonópolis para estabelecer as primeiras medidas do novo governo com relação ao Hospital Regional (HR). A partir de agora, o Estado assume a total responsabilidade pela administração do HR, que até então era feita por organizações sociais. Com a medida, o governo Mauro Mendes (DEM) põe fim ao modelo de gestão implantado em 2011 pelo ex-secretário Pedro Henry, no governo de Silval Barbosa. Essas entidades chegaram a administrar sete hospitais regionais e a farmácia de alto custo e, no fim do governo Pedro Taques (PSDB), dois hospitais seguiam sob o modelo, sendo o de Rondonópolis e do Sinop, ambos com problemas graves na administração.
Entre as primeiras medidas anunciadas pelo novo secretário na unidade em Rondonópolis estão a avaliação de contratos para rescisão e contratação de novos fornecedores. O secretário também destacou que deve nomear uma equipe gestora para a unidade. O hospital era administrado pelo Instituto Gerir, com sede em Goiânia (GO), que acabou sendo afastado pela Justiça Federal devido as inúmeras falhas na administração da unidade, que foram noticiadas pelo A TRIBUNA ao longo do ano passado. A Justiça ainda proibiu que o contrato com a OSS fosse renovado e que repasses financeiros fossem feitos para a mesma. Com isso, o Estado, ainda durante a gestão Pedro Taques, precisou voltar a gestão da unidade, em uma intervenção.
O novo governo, no entanto, descartou qualquer possibilidade de contratar outra OSS e afirmou que a mudança no HR é definitiva. “Vamos cuidar daquilo que é obrigação do Estado”, destacou o secretário de Saúde. Gilberto Figueiredo ainda disse que após assumir o total controle do HR de Rondonópolis, que na visão dele tem os problemas mais graves, o foco será o HR de Sinop, que também terá o controle retomado.
O deputado estadual Sebastião Rezende informou ao Jornal A TRIBUNA que havia reforçado ao novo secretário a necessidade de medidas que pudessem trazer mais tranquilidade à população de Rondonópolis e outros 18 municípios da região sudeste do Estado, os quais dependem do Hospital Regional. Em resposta, foi comunicado da retomada em definitivo pelo Estado da gestão dessa unidade de saúde que passava por uma grave crise.
