35.1 C
Rondonópolis
, 22 maio 2024
 
 

Reconhecimento: A TRIBUNA anuncia as personalidades de 2018

Leia Mais

- PUBLICIDADE -spot_img

Um dos momentos mais esperados no fim de ano em Rondonópolis é a revelação da escolha das Personalidades Masculina e Feminina que se destacaram ao longo do período na cidade. A iniciativa do Jornal A TRIBUNA busca reconhecer os trabalhos de pessoas das mais diversas áreas em prol do município. Essa homenagem ocorre desde 1983, tendo reconhecido ao longo do tempo a atuação das mais diferentes lideranças.

A divulgação dos escolhidos pelo A TRIBUNA é feita sempre na última edição do ano, buscando valorizar a atuação de profissionais com relevantes serviços prestados à sociedade rondonopolitana, independente da área. As personalidades de 2018 escolhidas pelo A TRIBUNA são: o advogado Edir Braga Junior, coordenador da Comunidade Divina Providência, e a empresária Kátia Fares Dib, diretora do Conselho de Segurança (Conseg) da Região Central e da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL).

Conheça agora um pouco do perfil das Personalidades Masculina e Feminina de 2018 escolhidas pelo A TRIBUNA:


Edir Braga Junior

Foto: A TRIBUNA

O advogado Edir Braga Junior, o popular Juninho, foi escolhido “Personalidade Masculina de 2018” pelo Jornal A TRIBUNA em função da sua grande contribuição à sociedade rondonopolitana através da Comunidade Divina Providência, fundada por ele e por seu primo, o médico João Paulo, e que tem atuado na área da evangelização, formação, tratamento de dependentes químicos e em ações sociais e culturais em Rondonópolis. A Comunidade Divina Providência é hoje uma das mais influentes entidades do município.

Oriundo de família católica, Juninho sempre esteve ligado à Paróquia Sagrado Coração de Jesus, ajudando nas atividades paroquiais, fomentando o grupo de jovens e dando catequese. Nesse contexto, integrou a Pastoral do Dízimo, presidiu o Conselho de Assuntos Econômicos da Paróquia, foi ministro da Comunhão Eucarística e da Palavra. E foi no ano de 1998, em frente à casa dos pais dele, numa conversa despretensiosa com seu primo João Paulo, que começou o embrião da Comunidade Divina Providência.

Nessa ocasião, os dois combinaram de convidar parentes e amigos mais próximos para começar reuniões uma vez por semana, nas suas próprias casas (cada semana em uma), para meditar a palavra de Deus e rezar juntos. Diante dos resultados, sendo um período de grande crescimento espiritual para todos os participantes, eles resolveram abrir para mais pessoas e fazer convites para os conhecidos. Assim, com a autorização do padre responsável, esses encontros passaram a ser realizados na Capela Nossa Sra. Aparecida da Vila Birigui. Em pouco tempo, a capela estava lotada de gente.

Em 2003, o grupo passou pela experiência dos acampamentos na cidade de Iepê (SP) e, diante dos grandes impactos vivenciados, resolveu implantar essa ferramenta de evangelização em Rondonópolis. Em 2004, o projeto de acampamentos foi apresentado ao bispo Dom Juventino e, no carnaval de 2005, com a sua autorização, foi realizado o 1º Acampamento Sênior de Rondonópolis. E depois disso não parou mais. Hoje são realizados cinco acampamentos anuais na cidade (mirim, adolescente, juvenil, sênior e casais), com o objetivo de evangelizar e restaurar as famílias através de uma experiência pessoal com Jesus.

Em 2007, a comunidade ganhou personalidade jurídica e virou a Associação Divina Providência. Com o anseio de ajudar a sociedade na problemática da dependência química, o grupo começou em 2010 a construção das instalações da Comunidade Terapêutica Divina Providência, na saída para a cidade de Pedra Preta, inaugurada em 2012, sendo um projeto de apoio e recuperação de dependentes químicos, do sexo masculino, maiores de 18 anos. É um sistema semiaberto, baseado em três pilares: terapia ocupacional, disciplina e espiritualidade. Essa comunidade virou modelo para a região Centro-Oeste, graças a esses pilares e aos altos índices de recuperação.

Atualmente, Juninho atua como coordenador de todas as atividades da Comunidade Divina Providência, sendo também responsável pela condução e pregação de palestras nos acampamentos sênior. Inclusive, ultimamente também vem sendo chamado para implantar acampamentos e fazer palestras em outras cidades do País. Vale observar que o presidente atual da comunidade é o empresário Guilherme Bandeira. Além da comunidade terapêutica e dos acampamentos, a entidade foi ao longo do tempo agregando outras atividades.

Para arrecadar fundos para a manutenção da casa terapêutica, a comunidade realiza a Festa das Nações, hoje uma das maiores festas da região e que reúne cerca de 3 mil pessoas por dia. Outra ação com renda voltada para a casa é o Bazar Solidário, realizado anualmente e que tem ofertado a população carente de Rondonópolis produtos de boa qualidade e de baixo preço. Segundo Juninho, a despesa mensal para manter a casa é de cerca de R$ 50 mil por mês. Agora a entidade vem trabalhando para obter uma concessão de rádio comunitária, com o objetivo de ampliar a evangelização na cidade.

A Comunidade Divina Providência também realiza os projetos “Divina Saúde”, levando um ônibus com consultório médico e odontológico para atendimento na região do bairro Mathias Neves, e o “Ler e crescer”, desenvolvido nessa mesma região da cidade e que tem apresentado às crianças a literatura infantil, estimulado o gosto pela leitura e proporcionado a ampliação da linguagem. Também realiza os projetos “Mães que oram pelos filhos” e “Cinco linguagens do amor”, nesse caso voltado para melhoria dos relacionamentos de casais. Outra grande ação da entidade é o Cerco de Jericó, que neste ano de 2018 reuniu quase duas mil pessoas todas as noites em uma semana.

SAIBA MAIS – Nascido em Rondonópolis, Edir Braga Júnior tem 46 anos de idade, é casado com Lorismei Bissoni Braga e tem um casal de filhos: João Lucas (10 anos) e Leticia (15 anos). É filho de Edir Braga (eletricista automotivo) e Irandy Batista Braga (do lar). Nunca morou em outra cidade, pois sempre estudou e trabalhou em Rondonópolis. Formou-se em Direito na primeira turma do Cesur. É advogado desde 1995, portanto, tem 23 anos de carreira, sendo sócio da Ziliani e Braga Advogados Associados.

Atualmente, Juninho atesta que sua sensação é de realização ao ver que as ações criadas pela comunidade nesse tempo tem proporcionado oportunidades de mudanças de vida, de melhoras no relacionamento, de encontros com Deus. Através dos acampamentos, por exemplo, a Comunidade Divina Providência tem restaurado muitas famílias, resgatado muitos jovens do mundo das drogas, tirado pessoas do suicídio e levado muitos a terem um relacionamento com Deus. “Sou muito grato a Deus por ter nos usado para ajudar pessoas nessa cidade. No caso da Comunidade Terapêutica, a conta que a gente faz é: quantas pessoas proporcionamos a mudar de vida, pois estamos dando oportunidade para que elas mudem de vida”, analisa.

Juninho atesta ainda que é um apaixonado por Rondonópolis e que não pensa em sair daqui. “Se ganhasse na MegaSena, por exemplo, não mudaria para outro lugar, porque amo essa cidade. Tenho um sonho de ver esta cidade se tonar o melhor lugar para se viver; que ofereça educação de ponta, segurança e saúde de qualidade para seus habitantes. Sonho em ver esta cidade se transformando em um polo comercial e industrial para oferecer emprego e oportunidades para os que aqui residem. Sonho em ver esta cidade se tornar a cidade mais bonita do Centro-Oeste, onde as pessoas tenham orgulho de aqui viver e envelhecer”, destaca.

Por toda essa dimensão social, religiosa e cultural que a Comunidade Divina Providência alcançou na atualidade, é que o Jornal A TRIBUNA faz esse reconhecimento a um dos seus fundadores, através das personalidades do ano de 2018.


Kátia Fares Dib

Foto: A TRIBUNA

A empresária Kátia Fares Dib, de 39 anos, nascida em Rondonópolis, é formada em Ciências da Computação e foi professora da rede estadual de ensino até a morte de seu pai, o empresário Sleiman Dib, o popular Salomão da Casa do Caçador, ocorrida em maio de 2012, quando decidiu assumir os negócios no lugar do pai. Seu nome foi escolhido como a Personalidade do Ano Feminina por conta de sua atuação destacada no Conselho de Segurança (Conseg) da Região Central, que atua firmemente na defesa dos comerciantes do centro e dos bairros próximos, dando uma contribuição decisiva para a prevenção de crimes e no fortalecimento das políticas de segurança pública.

Kátia Fares Dib conta que nunca se interessou por militar em entidades populares ou de classe, mas desde 2013, depois de ter sua loja assaltada várias vezes, decidiu fazer parte do Conseg da Região Central para lutar contra a situação de insegurança que assolava aos comerciantes. “Nós, lojistas do centro, estávamos tendo muitos problemas com arrombamentos noturnos e eu fui conversando com um lojista e com outro, e criamos o movimento “Comerciantes em Alerta”, com um grupo de whatsapp que existe até hoje. E muitos empresários, não só do centro mas dos bairros também, aderiram. Nessa época, cinco a seis empresários da cidade eram roubados todos os dias. E os próprios empresários começaram a colocar no grupo alguma movimentação suspeita, quem era roubado colocava as imagens dos roubos e a gente passava isso para a polícia. Assim, a gente conseguiu acelerar a solução dos casos e a prisão dos culpados. Foi assim que fui convidada para fazer parte do Conseg”, relembra.

Após participar de algumas reuniões, foi convidada para a compor a direção do Conseg da Região Central, para em seguida também ser convidada para compor a diretoria de assuntos de segurança da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), da qual faz parte até hoje. “O nosso Conseg não trata só das lojas e do comércio, mas de todos os bairros da região. A gente cobrava segurança, pois havia muitos assaltos e arrombamentos nesses bairros. Aí, começamos a ver que faltava estrutura para esses policiais trabalharem, pois a gente via que eles estavam se esforçando ao máximo, mas não tinham apoio do Governo, não tinham recursos. Eles fazem milagre com o que têm”, disparou.

Como resultado da luta dos conselheiros de segurança, a Polícia Militar (PM) acabou colocando um policiamento no centro, o que por um bom tempo propiciou um pouco de segurança aos comerciantes e às pessoas que passavam pela região, mas com as constantes trocas de comando da PM, a iniciativa acabou sendo deixada de lado pelos atuais comandantes. “Os policiais ficavam andando para lá e para cá, o que era muito bom, mas de uns tempos para cá, com a troca do comandante-geral em Cuiabá, troca o comandante aqui, foram tirando. Nós achamos que eles têm que voltar, pois ajudavam muito”, disse Kátia Dib.

Ela se lembra que, para conquistar o policiamento na região central, foi preciso primeiro que o Conseg fizesse um trabalho junto aos comerciantes, que muitas vezes eram vítimas de roubo ou assalto, mas não faziam os Boletins de Ocorrência (BO) dos mesmos na polícia. “Era preciso convencer esses comerciantes a irem fazer o BO, pois a polícia trabalha com números. Só assim eles identificariam que aqui na região estaria havendo muitos crimes, reforçando o policiamento na área. Foi um trabalho de formiguinha que fizemos. Nós fomos em Cuiabá cobrar policiamento do secretário de Segurança, mas ele nos disse que não havia o registro de casos aqui e não tinha como reforçar o policiamento. Os comerciantes reclamavam muito das filas e do tempo que se perde para registrar um BO, mas nós os convencemos da necessidade de perder um tempinho e fazer isso”, contou.

Para ele, os trabalhos dos Consegs é fundamental para garantir a segurança dos cidadãos e cita o caso da última remessa de viaturas para a cidade, que só se concretizou por conta da cobrança do órgão. “Em 2016, numa visita do secretário de segurança em Rondonópolis, ele prometeu enviar 30 novas viaturas para as polícias, mas ficou enrolando. Foi só com o Conseg em cima, cobrando, que nós conseguimos que parte das viaturas prometidas viessem para cá reforçar o policiamento. Não vieram todas as 30, creio que vieram 16, mas já ajudou”.

Atualmente, ela relata que estão havendo muitos arrombamentos noturnos nas lojas, o que somado aos assaltos no período do dia, tem deixado os comerciantes inseguros e eles cobram uma ação da polícia para inibir essa criminalidade. “Uma loja de roupas aqui do lado da minha loja foi arrombada na véspera de Natal. Uma perfumaria próxima foi roubada três vezes em 15 dias. Nós queremos que as câmeras de monitoramento instaladas aqui no centro funcionem, para a ajudar a identificar os criminosos que fazem esses roubos no comércio. A última informação que tivemos é que das 27 colocadas no centro, tinha só 16 funcionando. Isso precisa ser resolvido, tem que colocar para funcionar, senão não tem porquê ter isso. Se funcionar vai ajudar muito na prevenção e na solução de crimes. Esses arrombamentos mesmo, se elas funcionassem, quem estivesse monitorando lá veria tudo e poderia mandar uma guarnição da polícia até ali rapidamente, mas isso não acontece”, disse, em tom de revolta.

No seu entendimento, se quiser de fato oferecer um combate à criminalidade, o novo governador e a Prefeitura precisam de fato investir em segurança. “Precisa aumentar o número de viaturas e o efetivo também precisa crescer, pois como o número é reduzido, sacrifica cada policial que está trabalhando. O Município também precisa entrar na luta. Eu defendo a criação de uma Guarda Municipal, não de trânsito, mas uma espécie de polícia mesmo. Temos o GASP (Gabinete de Apoio à Segurança Pública), mas ele não faz nada”, emendou.

Para reforçar a luta pela segurança pública, em 2017 foi criada a União dos Consegs de Mato Grosso (Uniconseg), da qual a empresária é diretora, e a Federação dos Consegs, cujo presidente é o rondonopolitano Valdir Farinha, entidades que querem levantar as demandas comuns a todas as comunidades e cobrar soluções dos órgãos públicos responsáveis pela segurança em Mato Grosso. “É um reforço importante para nós todos, pois a luta por segurança não é um dever só nosso, mas de todos e essa luta não dá trégua, pois a criminalidade está aí planejando crime só tempo todo. E o nosso papel é representar a sociedade junto aos órgãos governamentais para cobrar uma solução para essa situação”, concluiu.

- PUBLICIDADE -spot_img

DEIXE UM COMENTÁRIO

Por favor, digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

- Publicidade -
- PUBLICIDADE -

Mais notícias...

Ainda o CRP: Lei com o cálculo autorial ficou para a próxima semana

Durante a reunião da ordem do dia da Câmara Municipal, realizada na tarde de ontem, a secretária municipal de...
- Publicidade -
- Publicidade -spot_img

Mais artigos da mesma editoria

- Publicidade -spot_img