Depois das reportagens publicadas no A TRIBUNA sobre a venda de frango de granja “adulterado”, para se parecer com caipira, a Vigilância Sanitária irá realizar uma ação surpresa nas feiras livres da cidade, com o foco de verificar a qualidade dos produtos comercializados. A informação foi repassada pela gerente da Vigilância Sanitária, Edileusa Barbieri.
Na tarde desta sexta-feira, a servidora pública Márcia Estrela denunciou o caso em que seu marido e seu filho adquiriram um frango de granja como se fosse caipira, no último dia 15, na Feira da Vila Operária. Conforme a reportagem foi informada, o frango com tingimento amarelo estaria sendo fornecido na cidade por uma revendedora que teria um batedouro de aves na cidade. De acordo com um feirante, a cor amarela no produto trata-se de uma receita que é guardada em segredo e só esta fornecedora possui.
O presidente da Associação dos Feirantes de Rondonópolis, Luís Cláudio Martins, voltou a afirmar ontem que está apurando a denúncia feita à entidade. “Já conversai com os vendedores de frango, mas até agora ninguém se explicou sobre o fato. Preciso localizar o vendedor que deverá se justificar de tal situação, a qual cabe penalidade por meio do estatuto da associação e também na esfera criminal. Nossa entidade possui mais de 500 pais de famílias que trabalham corretamente nas feiras”, disse o presidente da associação.
Segundo a servidora pública Márcia Estrela, ela teria pedido ao filho para comprar um frango semi-caipira na Feira da Vila Operária, porém, quando abriu o pacote, viu que se tratava de um frango de granja. Após isso, seu marido e filho retornaram à feira para devolver o frango e o vendedor disse ter entendido errado a solicitação da compra, devolvendo o dinheiro e retomando o frango de granja. Depois da devolução, o esposo da servidora pública comprou outro frango, amarelinho, sendo a cor caraterística do frango caipira. Porém, quando abriu a embalagem, percebeu que o frango era de granja e tingido de amarelo.
Está complicado confiar nos comerciantes justamente por termos pessoas desonestas infiltradas que desqualificam o trabalho sério de outrem. A vigilância precisa apurar realmente quem é o falsário e puni-lo pelos rigores da lei. Afinal, ninguém pode ser ludibriado por outrem em área nenhuma do comércio e quando se trata de alimentos, menos ainda!
Aires José Pereira é escritor com 15 livros publicados, prof. Dr. do Departamento de Geografia da UFMT – Campus de Rondonópolis, Membro pesquisador do NURBA, GEGATO, membro efetivo da Academia de Letras de Araguaína e Norte Tocantinense e coautor do Hino Oficial de Rondonópolis, possuindo doutorado em Geografia Urbana pela UFU, Mestrado em Planejamento urbano pela FAU-UnB, especialização e graduação em pela UFMT – Campus de Rondonópolis.