Hortência Kiga, índia da etnia Bororo, que morava na Terra Indígena Tadarimana, em Rondonópolis, morreu na tarde de anteontem (8) na Santa Casa de Rondonópolis, com suspeita de dengue hemorrágica. Ela era casada e estava grávida de 25 semanas do 3º filho. A Vigilância Epidemiológica do Município informou ao Jornal A TRIBUNA que ainda não foi notificada oficialmente sobre o caso. A Santa Casa também informou que o diagnóstico sobre a morte da paciente ainda não foi finalizado.
Conforme informações obtidas pela reportagem, a paciente deu entrada no Hospital Filantrópico na tarde segunda-feira (7), no setor de maternidade. Ela teria passado mal e havia a suspeita de ser algo relacionado à gestação. Exames foram realizados e foi constatado que tudo estava bem com o bebê. A gestante foi encaminhada para outros exames, pois estava se queixando de dores musculares, falta de ar e vômito. Ela passou a noite no quarto e na manhã do dia seguinte foi encaminhada para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), com respiração ambiente. Ao longo do dia, foi entubada, teve parada cardíaca e faleceu por volta das 18 horas. A causa da morte foi a falência múltipla dos órgãos, contudo, segundo informado por uma fonte da reportagem, o exame de sorologia apontou alteração para dengue.
A reportagem não conseguiu o contato de nenhum familiar de Hortência. Apesar de o caso ser tratado como suspeito, a Prefeitura de Rondonópolis informou que já determinou a realização de um bloqueio químico na terra indígena.