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, 16 maio 2024
 
 

Estudantes da UFMT decidem entrar em greve

Deflagração da greve não é uma posição unânime entre os estudantes, ainda que tenha sido tomada em reunião ampliada e aberta

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Estudantes continuaram acampados na entrada do campus ontem, impedindo a entrada de veículo – Foto: Divulgação

Os estudantes do campus local da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) decidiram entrar em greve contra a possibilidade de aumento nos valores da alimentação servida no Restaurante Universitário (RU). A decisão foi tomada em uma reunião convocada pelos Centros Acadêmicos (CA) na tarde da sexta-feira (27) e a paralisação de protesto deve durar toda a semana que vem. A dúvida agora é se o movimento, na prática, vai ter adesão de toda a classe estudantil.

De acordo com Luana Kawamura, secretária do Diretório Central dos Estudantes (DCE), a pró-reitoria do campus já foi oficiada a respeito da decisão dos estudantes. “Não houve nenhum problema com a pró-reitoria, que recebeu nosso ofício e se comprometeu a comunicar os departamentos dos diversos cursos do campus, entendendo que essa decisão de parar as aulas faz parte do nosso livre direito de manifestação”, informou.

Ainda de acordo com ela, a maior preocupação dos estudantes nesse momento é em garantir que a administração da UFMT legitime a comissão de alunos que irá acompanhar o debate em torno da nova política de alimentação e de assistência estudantil da instituição. “Decidimos na audiência que tivemos com representantes da administração que iríamos formar uma comissão de estudantes para acompanhar e fazer sugestões na formatação da nova política de alimentação e assistência. Nós queremos que a universidade agora garanta o que ficou decidido e dê legitimidade para esses nossos representantes”, concluiu a líder estudantil.

Por conta dos cortes promovidos pelo Governo Federal nas verbas destinadas para a área da Educação, a administração da UFMT acena com a possibilidade de retirar o subsídio que a instituição coloca para completar o valor das refeições dos estudantes, que pagam atualmente R$ 1 pelo alimento, mas o mesmo tem um custo para a instituição de cerca de R$ 11.

A proposta da universidade é isentar do pagamento estudantes com renda familiar per capita de até 1,5 salários-mínimos, e daí para frente ir cobrando valores que podem chegar a até R$ 12,00, dependendo da renda desse aluno. A situação gerou descontentamento entre os estudantes, que se mobilizam contra o aumento.

CONTRAPONTO

A deflagração da greve não é uma posição unânime entre os estudantes, ainda que tenha sido tomada em reunião ampliada e aberta para a participação de todos os estudantes da instituição. Há casos como o do estudante Luã Calhao, do curso de Economia, que se posiciona contrário ao aumento, mas entende que a greve não é o melhor forma de lutar pela manutenção do direito. “Quando começou o acampamento, eu estava lá. Mas eu sou totalmente contra a greve, pois querem emancipar a universidade e criar a UFR, sem dar conta nem de suprir a demanda atual. Eu acho que tinha que mobilizar, divulgar o que estava acontecendo, mas continuar tendo aula normal”, dispara o estudante.

Membro da Juventude do Partido Solidariedade, ele denuncia uma possível interferência política no movimento, já que na noite da última quinta-feira (26) o ex-vereador por Cuiabá Lúdio Cabral (PT) esteve visitando o acampamento que os estudantes formaram próximo da guarita de entrada do campus da UFMT. “Aí começou a politicagem, com esses políticos querendo deturpar o movimento. Aí decidiram por essa greve”, denunciou, sugerindo que a decisão de parar as aulas teria sido tomada por influência do grupo de políticos e representantes de entidades populares que foram levar solidariedade ao movimento.

“Deixar os alunos sem aula não vai resolver. A questão é chamar a classe política e viabilizar isso. O que não pode é deixar os estudantes se debatendo um contra o outro”, concluiu.

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