1- SENHORAS E SENHORES,
Na Coluna do Papo passado foi dito que o tempo corre e as eleições municipais já estão bem aí. Faltam sete meses para conhecermos quem será o novo mandatário do município de Rondonópolis, bem como a constituição da nova Câmara Municipal, com seus 21 vereadores. E na quinta-feira, 7, podemos assim dizer que deu-se início ao calendário eleitoral do próximo pleito, com a abertura da “janela partidária” que possibilita aos vereadores trocarem de legendas, ou seja, definir por qual sigla querem disputar a sua reeleição.
E nesta corrida, por exemplo, os vereadores Dr. Jonas Rodrigues e o Adilson do Naboreiro foram os primeiros a buscar novos ares partidários. Trocaram o SD pelo MDB do pré-candidato a prefeito Thiago Silva, que por sinal promoveu um Encontro do partido na noite de quinta-feira, 7, e foi muito prestigiado.
Ninguém mais tem dúvida de que o Thiago Silva é o candidato a prefeito pelo MDB. Inclusive, o velho cacique Carlos Bezerra e a sua esposa Teté Bezerra estiveram prestigiando o evento, entre outras autoridades políticas do Estado.
MAS O PAPO POLÍTICO
volta ao assunto levantado na semana passada sobre o governador Mauro Mendes, que preside o União Brasil (UB) em Mato Grosso, incentivar uma candidatura da empresária Marchiane Fritzen à Prefeitura de Rondonópolis pelo seu partido.
E, de quebra ainda, o PAPO aborda outra candidatura meia estranha, que é a do apresentador de TV de Cuiabá, o Agnelo Corbelino, que teima em dizer que também é pré-candidato a prefeito de Rondonópolis pelo PL. E, é claro, que quem incentiva o Corbelino é o senador Wellington Fagundes.
O PAPO POLÍTICO
faz questão de frisar que nem entra no mérito de analisar as condições pessoais da Marchiane e do Agnelo, mas, sim, o jogo político que já transcorre em Rondonópolis desde o ano passado e começa a se afunilar agora com a definição das candidaturas.
E continuamos garantindo aos nossos leitores que tudo passa pelos projetos das grandes lideranças partidárias do Estado com vistas a 2026. Se antes a nuvem indicava que o governador Mauro Mendes e o senador Wellington Fagundes planejavam estar juntos na futura campanha, para os respectivos cargos de Senador e Governador, reversando portanto das atuais situações, parece que a nuvem mudou mesmo de lugar.
E assim o projeto com o deputado Cláudio Ferreira sendo o candidato a prefeito pelo PL, com o apoio de ambos, vazou água e pode até não ocorrer. Vejam, Senhores e Senhoras, o lançamento agora de uma candidatura da Marchiane Fritzen pelo UB só vem complicar mais a ala da direita de Rondonópolis, que já tem os dois deputados estaduais Thiago Silva (MDB) e Claudio Ferreira (PL) com as suas pré-candidaturas a prefeito muito bem desenvolvidas e até fica difícil hoje de imaginar que um desses dois vai recuar por aquele discurso de consciência que a Direita precisa ir para o pleito com candidatura única.
Só aí, então, já são dois candidatos. E neste cenário já descartando a candidatura do ex-prefeito Adilton Sachetti (Republicanos), que apesar do forte apelo eleitoral, sendo um nome bem avaliado nas primeiras pesquisas, sempre foi comentado aqui no PAPO como distante de uma campanha para as eleições municipais.
O Adilton até agora não procurou liderar um grupo, não movimentou ainda na formação de uma forte chapa de vereadores e o seu partido, presidido pelo Paulo Backer, não demonstra muita disposição de peitar o jogo.
Inclusive, o Paulo Backer esteve presente foi no Encontro do MDB em prol a pré-candidatura do Thiago Silva. Seria um sinal de coligação? Outros dois detalhes importantes nesta análise: a única vereadora do partido, Kalynka Meirelles, vai mesmo para o PL; e o ex-vereador Jailton do Pesgue Pague, sempre muito ligado ao Adilton Sachetti, anunciou que vai disputar uma vaga na Câmara, mas preferiu se filiar ao PL.
OUTRA SITUAÇÃO ESTRANHA
é esta do senador Wellington Fagundes, o homem forte do PL no Estado de Mato Grosso. Tá na cara que Wellington não engoliu a filiação do Cláudio Ferreira no seu partido, e muito menos que o Diretório Municipal fosse parar nas mãos do deputado, sendo despojado da presidência local o seu contador, de longa data, o Jean Carlos Lino.
Tanto a presença do Jean, como a do Coronel Bonoto, outra pessoa muito ligada ao senador Wellington, no Encontro promovido pelo Thiago Silva, é mais um recado que ele anda arredio com esse projeto do seu PL, que acabou vindo de cima para baixo. Ou seja, o Cláudio Ferreira ingressou no partido com as bençãos do presidente nacional, Valdemar da Costa Neto e, mais especialmente, indicado pelo ex-presidente Jair Messias Bolsonaro.
E é nesse cenário que aparece a figura do Agnelo Corbelino, que quando apresentava o Programa Passando a Limpo, pela Rádio FM 105, até o final do ano passado, andou ensaiando que poderia ser o candidato do PL à Prefeitura.
Depois da anunciada filiação do Cláudio Ferreira, o Agnelo demonstrou certa contrariedade e até deixou o programa, de uma hora para outra, permanecendo mesmo em Cuiabá, na televisão. Neste início de ano, depois de um encontro com o senador Wellington, em Chapada dos Guimarães, o Agnelo apareceu em Rondonópolis concedendo entrevistas e reafirmando que continuava pré-candidato e iria para a disputa com o deputado Cláudio Ferreira dentro do PL.
E novamente agora, neste início de março, volta o Agnelo a visitar Rondonópolis afirmando que continua pré-candidato dentro do PL, ao mesmo tempo que os membros do partido, mais ligados ao senador, não conformam com o Cláudio Ferreira assumindo o partido – o que deverá ocorrer na semana que inicia, com, inclusive, tendo o ex-vereador Rodrigo da Zaeli como vice-presidente.
SENHORAS E SENHORES,
o PAPO volta a frisar que não vê possibilidade da presidente da ACIR, Marchiane Fritzen, iniciar agora a viabilização de sua candidatura à prefeita, quando o processo eleitoral da Direita tende a se concentrar entre o Cláudio Ferreira e o Thiago Silva, com o objetivo de tomar a Prefeitura das mãos do atual prefeito José Carlos do Pátio (PSB).
A única explicação é que o governador Mauro Mendes, depois de definir a situação em Cuiabá, apoiando o deputado Eduardo Botelho para prefeito, com o apoio do MDB entre outros, também quer negociar em Rondonópolis.
E por outro lado, o PL jamais precisaria importar um candidato de Cuiabá, na pessoa do jornalista Agnelo Corbelino, para disputar o pleito aqui. Engraçado é que o Agnelo concede suas entrevistas e no final ainda diz: “quero me despedir do povo de Rondonópolis e estou indo para Cuiabá”. Ora bolas! Com todos esses pré-candidatos da Direita por aqui, ainda cabe na cabeça do veterano Wellington Fagundes que o nosso eleitorado aceita importar um candidato de Cuiabá?
Mas não demora muito tempo para ficar claro as reais pretensões do governador Mauro Mendes e do senador Wellington Fagundes em relação às candidaturas para a Prefeitura rondonopolitana.
2- AINDA SOBRA UM ESPAÇO
para falarmos um pouco da Sina do Zé nesta semana. A sua administração está decadente bem na reta final. Tudo vai de mal a pior. O rondonopolitano amanhece só ouvindo broncas contra o Zé nas emissoras de Rádio e TV.
Péssimo atendimento na Saúde, onde falta tudo; na Educação, muitas salas ainda sem professores, e já estamos em março. Além do precário transporte escolar; e por falar em transporte, aí a coisa pega de vez, ninguém consegue organizar o transporte coletivo de Rondonópolis. Passou mais uma semana, e a diretora de plantão da AMTC, a atenciosa Priscila Paiva, faz de tudo para arrumar a “coisa” mas não consegue, porque, simplesmente, a Cooperativa que ganhou a licitação para operar o transporte coletivo não tinha feito planejamento algum para tocar o complicado setor em Rondonópolis.
Gente do céu! Linhas sem ônibus, ônibus sem motoristas… e o povo padecendo por faltar aos seus diversos compromissos, pois não tem como deslocar para os seus destinos.
E a pergunta que não quer calar: “o prefeito Zé do Pátio pretende mesmo eleger o seu sucessor, na pessoa do fiel e capacitado companheiro, Paulo José Correia?”
