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Ananias Filho: “que sempre teve boa relação com os emedebistas da cidade, garante que não fechou as portas do seu PL para uma aliança com Thiago Silva…”

1 – SENHORAS E SENHORES,

as nuvens da política rondonopolitana seguem se movimentando e a semana que se finda deixou mais claro que o PL já prepara terreno para a chegada do deputado estadual Cláudio Ferreira. De saída do PTB, ele deve ingressar na sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro, por onde deve tentar concorrer novamente à cadeira mais importante do Palácio da Cidadania, a partir de 1º de janeiro de 2025.

COMO NA POLÍTICA

nada é por acaso, a coluna avalia que as declarações dadas, recentemente, pelo presidente regional do PL, o ex-prefeito Ananias Filho, que causaram frisson entre os “apaixonados” nas redes sociais e ruído no MDB local, cujo o seu pré-candidato a prefeito é o deputado estadual Thiago Silva, buscou, na verdade, delimitar espaço no campo da direita de Rondonópolis, que a cada dia fica mais claro também que está mais para “as direitas”, como já foi dito aqui neste espaço, para o deputado Cláudio Ferreira que, tudo indica, deve mesmo ingressar no PL, caminhar livremente pelo eleitorado da cidade que demonstrou nas duas últimas eleições presidenciais estar mais alinhado ao campo conservador.

Como já declarado pelo próprio Cláudio, o seu desejo é reeditar em Rondonópolis a dobradinha do PL com União Brasil feita na eleição estadual do ano passado, onde resultou nas reeleições de Mauro Mendes e Wellington Fagundes, ao Governo do Estado e ao Senado, respectivamente.

EMBORA,

o ex-prefeito Ananias, que sempre teve boa relação com os emedebistas da cidade, ter dito que, ao contrário do que foi divulgado pela ‘Geni’, ops, pela imprensa, não fechou as portas do seu PL para uma aliança com Thiago Silva, porém, na verdade, apenas comentou que para caminhar com o seu PL, o qual tem afirmado que voltará ser protagonista em Rondonópolis, defendendo as bandeiras da direita, o emedebista deverá se definir se suas pautas estarão alinhadas com as defendidas pelos conservadores ou mais para a esquerda, lembrando que o MDB no Estado sempre esteve ligado às causas do chamado campo dos progressistas.

Observou que, em 1982, o ex-governador Carlos Bezerra, o eterno cacique do velho “Manda Brasa” de guerra, chegou à prefeitura de Rondonópolis unindo-se à “esquerda” da cidade.

AS REAÇÕES

não ficaram restritas aos emedebistas da cidade. Entrou em cena, nada mais nada menos, do que a deputada Janaína Riva, hoje um dos ícones do MDB e que é nora do líder maior do PL em Mato Grosso, senador Wellington Fagundes.

A deputada, que defendeu a tentativa sem sucesso de reeleição nas urnas do ex-presidente Jair Bolsonaro, no ano passado, e se prepara para alçar voos maiores na política mato-grossense em 2026, quando pretende concorrer a um cargo majoritário, foi pra cima de Ananias, sem cerimônias.

Disparou que ele [Ananias] estava “cuspindo no prato que comeu”, já que o MDB caminhou com Ananias e com o senador Wellington, que deseja concorrer para suceder o atual governador Mauro Mendes (UB) no comando do Palácio Paiaguás.

COMO SE NÃO BASTASSEM

as declarações sobre a corrida sucessória de Rondonópolis dadas por Ananias Filho, que é tido como um grande articulador político, tanto que ganhou a confiança do presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, recebendo dele a missão de conduzir o fortalecimento da sigla em um dos estados mais simpáticos ao ‘bolsonarismo’, também não andou agrandando o ex-prefeito Adilton Sachetti (Republicanos), outro pré-candidato a prefeito dentro do campo da direita.

Ananias andou dizendo que, em conversas com o ex-prefeito, não tinha sentido muita vontade dele [chegou a proferir uma palavra chula] de disputar a prefeitura. O que foi prontamente rebatido por Adilton em entrevista ao A TRIBUNA, onde afirmou, bem ao seu estilo direto, que o seu nome está “colocado à disposição e vontade de disputar a prefeitura não falta”.

2 – EM MEIO

a este bate cabeça no campo da direita de Rondonópolis, o que a coluna percebeu também, nas entrelinhas, foi um afinamento nos discursos de Thiago Silva e Adilton Sachetti, os dois tidos como líderes das pesquisas que têm medido a opinião do eleitorado rondonopolitano sobre o pleito eleitoral que acontece daqui a um ano e três meses.

Cada um ao seu estilo, Thiago e Sachetti, que continuam defendendo a construção de uma aliança ampla para derrotar o candidato do Zé, estão indo na linha de dizer que a discussão da corrida sucessória no próximo ano deve ser baseada nos “problemas reais” da população, não pode ficar apenas restrita ao discurso ideológico entre direita e esquerda, dando a entender, na opinião da coluna, que trata-se de um recado direto a Cláudio Paisagista, que tenta se apegar nessa pauta para consolidar a sua candidatura.

ESTES IMPASSES SÓ EVIDENCIAM

também que os discursos dos líderes partidários de Rondonópolis, no sentido de construir uma unidade para derrotar o candidato que será lançado pelo Zé do Pátio à sua sucessão, já que está impedido pela legislação de buscar um novo mandato para administrar a segunda maior economia de Mato Grosso, pelo menos, ao que indicam as nuvens do momento, como já vaticinado neste espaço, em política as coisas mudam a todo instante, dificilmente se tornará realidade, ficando assim, mais uma vez, pelo meio do caminho, a tal unidade, considerada por muitos palpiteiros políticos desta terra de Rondon como necessária para derrotar o projeto apoiado pelo “esquerdista” Pátio.

DO OUTRO LADO,

ou seja, da “esquerda”, pelo que a coluna observa é que há uma movimentação no sentido de buscar a unidade do que eles chamam “forças progressistas” da cidade, incluindo o PSB de Pátio, o PT, que forma uma federação partidária com o PV e PCdoB, além de outras legendas, como o PSD do vice-prefeito Aylon Arruda, já comentado por aqui, vem se reaproximando de Pátio, deixando de tecer críticas à gestão e elogiando os “feitos”.

Vale lembrar que o PSD tem como maior líder na região sudeste de Mato Grosso o deputado Nininho, que vinha dialogando com outras siglas no sentido de construir uma aliança ampla para lançar uma candidatura única para enfrentar o candidato ‘ungido’ por Pátio. Pelo andar da carruagem, ele [Nininho] terá de se reposicionar nas discussões visando a eleição de 2024 em Rondonópolis.

Isso porque, por conta do cenário que vem se desenhando para 2026 em Mato Grosso, também já comentado nesta coluna, terão reflexos na construção de alianças nas eleições municipais do ano que vem.

No caso do PSD, o seu presidente estadual Carlos Fávaro, que é ministro da Agricultura do governo Lula (PT), busca costurar a sua candidatura ao governo do Estado, tendo o apoio do atual mandatário do Planalto. Neste contexto, está no seu radar estabelecer parcerias no pleito eleitoral de 2024 com o PT, que forma uma federação partidária com PV e PCdoB.

ESTA CONJUNTURA

que se desenha se explica também um pouco a mudança de tom do Zé sobre a construção de alianças do seu grupo político para 2024.
Como comentado na semana passada, pela primeira vez o prefeito declarou publicamente que vai trabalhar pela unidade das “forças progressistas” da cidade, que contam com vários nomes para ser cabeça de chapa.

Além do seu fiel escudeiro Paulo José (PSB), tem ainda o seu vice Aylon Arruda pelo PSD e no PT o empresário do agro, Carlos Ernesto Augustin, o Teti, e o vereador Júnior Mendonça, presidente da Câmara Municipal.

POR FALAR NO PT,

Teti, que chegou chegando na sigla do presidente Lula, pelo que a coluna ouviu, vem se movimentando forte nos bastidores para se viabilizar para disputa da prefeitura.

Ele, que despacha diariamente em Brasília, ao lado do gabinete do Ministro Carlos Fávaro, já que é assessor especial do Mapa, vem se reunindo com lideranças políticas e também do segmento empresarial, inclusive com gente que tem ressalvas ao partido que se filiou recentemente, com a ficha sendo abonada pela presidente nacional do PT, a deputada federal Gleissi Hoffman (PR).

Com bom trânsito no setor, ele tem recebido, inclusive, manifestações simpáticas sobre a possibilidade de disputar a prefeitura. Uma delas é a do ex-governador Blairo Maggi, que está no PP.

COMO SE VÊ,

as peças, caros leitores, seguem se movimentando no tabuleiro eleitoral e seguimos acompanhando. Por hoje, ficamos por aqui. Até!

 

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