1 – SENHORES E SENHORAS,
já falamos em edições anteriores da Coluna sobre as articulações do ex-prefeito de Rondonópolis, Percival Muniz, hoje sem partido, em disputar uma candidatura proporcional nas eleições de outubro deste ano. Ao quadro de hoje, tudo indica que ele poderá mesmo se filiar no PDT, partido que deverá ter Ciro Gomes como candidato a presidente. No entanto, ainda existe uma chance remota dele assinar ficha no PSB. Desde que foi destituído da presidência estadual do PPS, Muniz tem percorrido os quatro cantos do Estado e viajando muito para “costurar” uma chapa de oposição à reeleição do governador Pedro Taques (PSDB). Há seis meses do pleito eleitoral, já há quem diga que Percival está tendo sucesso em seu projeto para encabeçar futuramente a candidatura a governo do Estado ou disputar como vice-governador numa possível candidatura do ex-prefeito de Cuiabá Mauro Mendes. A possibilidade de encabeçar uma candidatura ao Senado Federal também não está descartada.
A COLUNA
foi informada que o ex-deputado Otaviano Pivetta, ex-prefeito de Lucas do Rio Verde, está muito próximo de Percival nestas articulações para disputar o governo de Mato Grosso. Além dele, o deputado estadual Zeca Viana (PDT) também teria declarado apoio para esta construção liderada pelo ex-prefeito de Rondonópolis. A principio o Colunista acredita que neste projeto, o intuito de Pivetta é disputar a tão sonhada vaga de senador, apesar de ser ventilado como possível candidato a governador em outra frente de articulação.
Para este ano estão na jogada duas vagas para disputa ao Senado e nesta mesma chapa também é costurada a candidatura a senado do ex-governador Jayme Campos (DEM). Com Mauro Mendes disputando o governo com esses dois na linha de frente na disputa pela vaga ao Senado, sobraria mesmo para Muniz ser vice-governador na chapa de Mendes. Mas como tudo na política pode acontecer, Mauro Mendes poderá recuar da candidatura majoritária e Percival sentar no cavalo selado na disputa pelo Palácio Paiaguás. Existe muita gente acreditando nesta hipótese, sendo que, Mendes apesar de participar nas articulações, não tem mostrado musculatura para assumir tal candidatura ao governo.
DEPOIS
da destituição de Percival Muniz do PPS, já é certo que em Rondonópolis e região haverá a desfiliação em massa da sigla. O que parecia preocupação era a situação dos vereadores Fábio Cardozo e Thiago Muniz, os quais foram eleitos pelo PPS e sempre acompanharam Muniz na política, até mesmo porque o vereador Thiago é primo do ex-prefeito. Como já falamos aqui, o que se comentava nos bastidores era que já existiam estratégias e soluções jurídicas para que ambos deixem o PPS sem a perda do mandato. E o Colunista foi informado que esta estratégia já houve avanços, uma vez que ambos os vereadores já protocolaram na Justiça Eleitoral o pedido para desfiliação do partido sem perda do mandato.
2- A CANDIDATURA DO
senador Wellington Fagundes (PR) ao governo do Estado agora é definitiva. Essa candidatura tinha sido ensaiada no ano passado, mas houve um recuo, só que neste final de fevereiro ela voltou com força total, e o senador por Rondonópolis será mesmo adversário à reeleição de Pedro
Taques (PSDB). Wellington ainda tem mais quatro anos como senador, portanto ele é franco atirador no próximo pleito, pois, mesmo que não venha a vencer a disputa, continua como senador da República.
Neste novo cenário, Fagundes passa a encarnar o discurso de maior oposicionista a Pedro Taques, e isto já está bem claro em todos os seus discursos e entrevistas, quando não poupa críticas à atual administração estadual, mostrando as falhas e pontos fracos do atual governador na gestão pública. E sem dúvida que Wellington disputa o governo com condições de ser eleito, pois tem uma grande base formada em todos os municípios de Mato Grosso, construida ao longo dos seus 6 mandatos como deputado federal e agora como senador. Resta agora ficarmos de olho nas articulações para a formação da chapa majoritária. Quem seriam o seu vice e os seus dois candidatos ao Senado? Jaime Campos e Carlos Fávaro estão entre os cotados. Fica difícil uma articulação com o ex-prefeito Percival Muniz na formação desta chapa, justamente por ser ele também de Rondonópolis, e ai poderia causar uma grande ciumeira. Talvez seja justamente diante deste quadro que Percival vem procurando firmar um outro projeto, conforme analisamos no início deste Papo. Mas vamos aguardar, pois a política é como a nuvem, rapidamente ela muda de lugar nos céus.
3 – SENDO
vista como conversa para boi dormir por muitos mato-grossenses, foi a notícia sobre uma fala do ministro da Agricultura Blairo Maggi, o qual teria afirmado ao presidente Michel Temer, no último dia (22), que não pretende disputar as eleições deste ano. Senador pelo PP de Mato Grosso, Blairo encerrará o mandato neste ano e, pela lei, ministros devem deixar os cargos seis meses antes das eleições se quiserem se candidatar (o prazo neste ano termina em 7 de abril). “Cansei da vida política”, disse Blairo a Temer. Nos bastidores, integrantes do Palácio do Planalto calculam que pelo menos 12 ministros devem entregar os cargos até abril. Muita gente aqui pelo Estado até acredita em tal possibilidade, mas este tipo de discurso de Maggi sempre vem a público em ano eleitoral. No entanto, desta feita parece que a conversa é mais definitiva e Blairo Maggi vai continuar ministro até o final da gestão de Temer, portanto não disputando a reeleição, pois até uma coletiva à imprensa ele na marcou para amanhã na Capital, quando colocará um ponto final para quem ainda tem dúvidas da sua desistencia da vida pública.
4- VISTA GROSSA?
Na quarta-feira passada, sabatinados pelos vereadores na Câmara Municipal, durante a sessão, o engenheiro agrônomo Sérgio Roberto Guimarães e o engenheiro civil Ricardo Fernandes tiveram aprovação para assumirem na Companhia de Desenvolvimento de Rondonópolis (Coder) aos respectivos cargos de diretor presidente e diretor técnico. Sérgio Guimarães foi aprovado pela unanimidade dos votos dos 18 vereadores presentes na sessão. Já o engenheiro civil Ricardo Fernandes teve a aprovação apenas de 13 vereadores. Os vereadores Thiago Muniz e Fabio Cardozo, ambos do PPS votaram contra. Thiago Silva (MDB) e Vilmar Pimentel (SD) se abstiveram do voto. Como foi noticiado pelo A TRIBUNA, o engenheiro Ricardo Fernandes está sendo acusado pela Justiça de participação de atos de irregularidades nas obras de pavimentação asfáltica no Parque Universitário. No final do ano passado, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso determinou a indisponibilidade de bens do ex-prefeito de Rondonópolis, Ananias Martins de Souza Filho, no montante de R$ 227.319,87. Com a liminar concedida ao Ministério Público do Estado de Mato Grosso – MPE, foram bloqueados ainda bens do ex-secretário de Infraestrutura e Urbanismo, Ronaldo Sendy Iticava Uramoto; da ex-diretora-presidente da Coder e atual secretária de Governo do Município, Mara Gleibe Ribeiro Clara da Fonseca; do engenheiro civil Ricardo Alexandre Fernandes Moreno dos Santos; e do ex-diretor técnico da Coder, Adalberto Lopes de Sousa Júnior.
AGORA O QUE
não pegou nada bem foi a reação do prefeito Zé do Pátio, quando foi perguntado numa coletiva sobre essa situação do engenheiro, e ele, aos gritos, visivilmente contrariado com a pergunta, disse que, como Jesus pregou, todo mundo merece uma segunda chance; todo mundo merece ser perdoado por um erro cometido. Já pensou se essa moda pega em todos os processos que envolvem os acusados de desvios e falcatruas na vida pública?
O PROJETO
que criou a necessidade dos diretores da Coder serem sabatinados pela Câmara antes de assumirem seus postos é de autoria do ex-vereador Mohamed Zaher, tendo aprovação em 2011. Na época se viu a necessidade dos candidatos passarem por questionamentos da Câmara Municipal antes de assumirem os cargos, como forma da população ficar mais tranquila com o órgão sendo gerido por quem realmente entende do assunto e conhece todos os trâmites internos. E acima de tudo com a ficha limpa.
