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Teve propina até na “Paixão de Cristo” e “Natal da Família”

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A revelação foi feita pela própria ex-secretária Roseli Barbosa, presente no acordo de colaboração premiada homologado pelo Supremo Tribunal Federal

Roseli Barbosa: também havia fechado acordo de delação premiada - Foto: Jana Pessôa/SecomMT
Roseli Barbosa: também havia fechado acordo de delação premiada – Foto: Jana Pessôa/SecomMT

Durante a gestão da ex-primeira-dama de Mato Grosso, Roseli Barbosa, que ficou à frente da Secretaria Estadual de Trabalho e Assistência Social (Setas), os esquemas de propina e desvio de dinheiro público não perdoaram sequer o espetáculo Auto da Paixão de Cristo, e o Natal Família. A revelação foi feita pela própria ex-secretária, presente no acordo de colaboração premiada homologado pelo ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF).
No depoimento, Roseli afirma que a empresária Carlina Jacob pagou entre R$ 500 mil a R$ 600 mil de propina para realizar o espetáculo, que retrata a vida de Jesus Cristo e outros eventos, como o Natal da Família e Casamento Comunitário. Para viabilizar o esquema, a Setas firmou convênios com a empresa de Carlina. No início, conforme Roseli, os serviços de Carlina foram prestados sem qualquer acordo de retorno, sendo que a empresária prestou os serviços sem qualquer contraprestação.
O esquema de propina, de acordo com a delatora, começa a partir do segundo ou terceiro contrato. Como Carlina tinha conhecimento das várias assistências sociais que ela realizava, Roseli resolveu pedir o pagamento de propina. Segundo Roseli, Carlina disse que poderia ajudá-la com o valor do lucro que receberia.
No entanto, não ficou combinado nenhum valor específico do retorno. Por cada evento realizado, a empresária repassava valores variados entre R$ 100 mil e R$ 150 mil. “A empresa de Carlina Jacob prestou serviços na Setas por aproximadamente três anos”, afirma Roseli.
A delatora revela ainda que após a deflagração da Operação Ouro de Tolo, em 2014, quando chegou a ser presa, Carlina a procurou e demonstrou temor, uma vez que alguns valores da propina foram depositados nas contas do empresário e delator do esquema Paulo Lemes, dos institutos de Desenvolvimento Humano (IDH) e Concluir.
A empresária Carlina negou participação em qualquer tipo de esquema e disse que “só participou da licitação porque os projetos de Natal e Páscoa foram criados por ela”.
MAIS DELAÇÃO
O deputado estadual Wagner Ramos (PSD) procurou o empresário Rodrigo Barbosa, filho do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), para negociar o pagamento de propina a fim de excluir Silval do relatório da CPI das Obras da Copa. A afirmação foi feita pelo empresário à Procuradoria-Geral da República (PGR), na delação homologada posteriormente pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Ele também entregou um vídeo, feito por ele, em que aparece se reunindo com o deputado estadual.
Por seu lado, o deputado Wagner Ramos disse à imprensa que esteve com Rodrigo Barbosa duas vezes, mas que o assunto tratado seria um garimpo, em Nossa Senhora do Livramento, a 42 km de Cuiabá. O parlamentar afirmou, ainda, que repudia a trama do empresário para tentar envolvê-lo em atos ilícitos e que está à disposição da Justiça para prestar qualquer esclarecimento.


AUDITORIA

CGE aponta R$ 1,03 bilhão em irregularidades na gestão Silval

Da Redação

A Controladoria Geral do Estado (CGE) detectou R$ 1,03 bilhão em irregularidades cometidas pela gestão passada, após realizar uma série de auditorias obedecendo a uma determinação do governador Pedro Taques, que em 02 de janeiro de 2015 decretou auditorias em todas as contas do Executivo Estadual.
O levantamento, concluído no primeiro semestre daquele ano, deu origem a ações para recuperação desses recursos. No total, R$ 291,4 milhões retornaram de imediato aos cofres do Governo de Mato Grosso, mediante mudanças de rotina e aprimoramento de controles. Os outros R$ 746,3 milhões estão sendo repatriados a médio e longo prazos.
Em ações conjuntas com Ministério Público Estadual (MPE), Ministério Público Federal (MPF), Procuradoria Geral do Estado (PGE), Polícias Civil (Delegacia Fazendária) e Federal, Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (Cira) e outros órgãos, além de medidas administrativas, o Executivo, conforme o Paiaguás, já superou as expectativas quanto ao quantitativo financeiro recuperado.
Os dados mostram que medidas do próprio Estado, como rescisão e/ou revisão de contratos, novas licitações e maior rigor na fiscalização de contratos, assim como procedimentos instaurados e em andamento no MPE, MPF, Cira, Defaz e Polícia Federal a partir do recebimento dos resultados das auditorias da CGE, foram tomadas desde o início da gestão, em busca de recuperar os valores desviados nos anos anteriores.

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1 COMENTÁRIO

  1. “Brasil:Pais de oportunistas.
    Se for investigada qualquer Administração publica, certamente sera apurado, pagamentos irregulares com desvio de recursos públicos em prol dos políticos e empresários, alias isso sempre aconteceu

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