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Delação de Silval envolve 56 “eventos” criminosos

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Silval Barbosa prestou um novo depoimento ontem à juíza Selma Arruda - Foto: Arquivo
Silval Barbosa: delação aponta um total de 34 nomes entre políticos e empresários envolvidos em esquema de corrupção – Foto: Arquivo

Com o fim do sigilo da delação do ex-governador Silval Barbosa, homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e com a abertura de inquérito autorizada pelo ministro Luiz Fux, diariamente a população deve ser bombardeada com as informações sobre os crimes de corrupção ocorridos no Estado de Mato Grosso, antes e durante a gestão de Silval. Além dos nomes já noticiados anteriormente, outros começam a aparecer em esquemas que movimentaram milhões em propinas.
Entre os destaques na delação, que estão distribuídos em quatro volumes e 15 apensos com cinco delatores (Silval Barbosa; a mulher dele, Roseli de Fátima Meira Barbosa; o ex-chefe de gabinete dele, Silvio Cezar Correa Araújo; além dos parentes Rodrigo da Cunha Barbosa e Antonio da Cunha Barbosa), a informação de que Silval comprou votos por 10 anos na Assembleia Legislativa do Estado também foi relatada.
Conforme Silval, ele teria participado ativamente da negociata para compra de votos para eleição da Mesa Diretora da ALMT em 2002, 2004, 2006, 2008, 2010 e 2012 (os membros são escolhidos a cada dois anos).
Além disso, os pagamentos para aprovação de projetos de interesse do governo também aconteciam mensalmente, bem como atendimentos a extorsões promovidas por parlamentares. O ex-governador relata ainda na delação ter assumido o comando do Estado para seguir o curso da corrupção que já estava instalada.
A delação de Silval aponta no total 34 nomes de políticos e empresários, que remetem a um profundo escândalo de corrupção na administração do Estado. Chamada de “monstruosa” pelo ministro do Supremo Luiz Fux, a delação do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) narra nada menos que 56 eventos em que teriam sido praticados os mais variados crimes.
Além de chamar a atenção pela quantidade de fatos, os depoimentos contam com mais de 100 pessoas e empresas citadas.
REGIÃO
Além de Blairo Maggi, Wellington Fagundes, Gilmar Fabris e Hermínio Barreto, mais um nome de um representante da região de Rondonópolis aparece na delação do ex-governador.
O deputado estadual Ondanir Bortolini (PSD), o Nininho, teria pago R$ 7 milhões a título de propina durante concessão da rodovia estadual MT-130, conforme delação premiada do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), homologada pelo ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF).
De acordo com a delação premiada, que saiu de sigilo na tarde de anteontem (25), a negociação ilegal aconteceu em 2011, quando Nininho e o empresário Eloi Bruneta foram procurá-lo para viabilizar contrato de concessão e instalação de pedágio na MT-130 com a sociedade empresarial Morro da Mesa Concessionária.
Para isso, os dois pagaram R$ 7 milhões para Silval Barbosa. Conforme a delação do ex-governador, parte do dinheiro foi usada para quitar uma dívida de Silval com Jurandir da Silva Vieira, um dos operadores do sistema financeiro ilegal que abastecia o grupo político em época de campanha eleitoral, investigado pela Operação Ararath. Nininho, até o fechamento da edição, ainda não havia se pronunciado sobre o envolvimento de seu nome na delação.

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