Sistema de compensação pelo banco de horas não vem agradando os servidores, que preferem receber em dinheiro.
Vigilantes, motoristas da Secretaria Municipal de Saúde e alguns servidores municipais do Aeroporto Maestro Marinho Franco estão trabalhando sem remuneração de horas extras e as folgas, que estão sendo trocadas pelo sistema de compensação do banco de horas. Diante desse quadro, eles estão cobrando do poder público o pagamento em dinheiro das horas extras trabalhadas.
De acordo com a professora Geane Lina Teles, presidente do Sispmur, que ontem foi recebida na Câmara Municipal, a situação foi ocasionada após a aprovação dos novos Planos de Cargos Carreiras e Vencimentos (PCCVs), no ano passado, que agora prevê que as horas extras não podem ser pagas em pecúnia (dinheiro) e somente poderão ser acertadas em folgas durante os próximos meses. “Durante os debates acerca dos PCCVs, nós do sindicato estávamos lutando para não ocorrer situações como esta, porém não fomos compreendidos em nossos propósitos. Mas, mesmo assim, ainda conseguimos 132 emendas nos novos PCCVs. Se não fosse isso teríamos situações bem mais complicadas”, disse a sindicalista.
Conforme os servidores públicos que estiveram reunidos com os vereadores, eles preferem receber as horas extras em dinheiro. “Nós temos servidores que já acumulam compensações de seis meses. Para o município conceder estas compensações terá que contratar serviços terceirizados para os postos de trabalho. Pagando as horas extras para os servidores, fica bem mais barato para a Prefeitura de Rondonópolis”, pondera Geane Teles.
A sugestão apresentada pelo Sispmur aos vereadores seria uma emenda nas leis dos PCCVs ou alteração na Lei Orgânica do Município. Os vereadores ficaram de avaliar.