Pelo menos seis, dos 21 vereadores com assento na Câmara Municipal de Rondonópolis, aguardam pela definição do Senado sobre a proposta aprovada na Câmara dos Deputados e que prevê a abertura de uma janela para troca de partido, sem a perda do mandato.
A medida permite que parlamentares insatisfeitos em suas legendas façam a mudança de partido, em um prazo de 30 dias, após a aprovação da proposta, sem serem alcançados pela infidelidade partidária.
Em Rondonópolis, já sinalizaram que poderão mudar de sigla os vereadores Hélio Pichioni e Olímpio Alvis, do PR; Marcelo Marques e Denilson Sodré, o Dico, do Pros; Ibrahim Zaher (PSD) e Aristóteles Cadidé (PDT).
Hélio Pichioni, um dos que poderá aproveitar a janela para deixar o PR, dependendo da próxima composição da chapa de vereadores do Partido da República em 2016, argumenta que o partido está sem chapa de pré-candidaturas. “Além dos candidatos à reeleição, que sou eu e o vereador Olímpio Alvis, somente o Ananias [Ananias Filho, ex-vereador e ex-prefeito de Rondonópolis] poderá pleitear uma vaga de vereador novamente. Se até a abertura desta janela não tivermos a perspectiva de uma chapa forte para disputarmos a eleição e contar legenda, estou propenso a deixar o PR”, antecipa Pichioni.
O vereador Olímpio Alvis também analisa uma possível saída do PR. Porém, uma decisão, segundo o parlamentar, só será tomada após a definição das chapas que irão disputar os cargos da majoritária. “Dentro do PR, eu acompanho a candidatura do deputado Nininho. Caso ele saia candidato a prefeito de Rondonópolis pelo PR, eu fico na sigla. Mas, se houver outra configuração e ele deixar o PR para disputar a prefeitura de Rondonópolis em outro partido, eu tenho a disposição de acompanha-lo”, revelou.
De acordo com o vereador Denilson Sodré, o Dico (Pros), foi divulgado amplamente pela mídia que o presidente estadual do Pros, deputado federal Valtenir Pereira, poderá ir para o PR, caso a janela para a mudança de partido seja aprovada. “Diante desse cenário, como vereador, também poderei analisar a minha saída do partido. Mas, por enquanto, o Pros já trabalha as suas candidaturas para as eleições de 2016”, informou o vereador. Marcelo Marques, também do Pros, é outro que espera a definição do presidente do partido e poderá analisar a sua saída da sigla.
Quem também está propenso a mudar de legenda, conforme o A TRIBUNA divulgou, é Aristóteles Cadidé (PDT) que, segundo o parlamentar, após os desentendimentos ocorridos entre o governador Pedro Taques e líderes do partido, ele é praticamente obrigado a deixar a sigla, assim como Taques já fez. “O PDT decidiu que onde Taques estiver, estará contra. Eu fui coordenador da campanha dele aqui em Rondonópolis e não tem como ir contra o governador”, argumenta o pedetista.
Ibrahim Zaher, fato também já noticiado pelo A TRIBUNA, ainda não definiu se fica ou sai do PSD. Porém, o parlamentar não descarta sua saída caso, com a aprovação da reforma política no Congresso Nacional, surja uma janela para sua desfiliação sem a perda do mandato. “Digo que ainda não vou me desfiliar do partido. No entanto, não é uma decisão concreta, pois hoje o PSD é uma legenda que está passando por uma reformulação em todo o estado”, disse Ibrahim Zaher.
