A ex-secretária de Cultura de Mato Grosso e pecuarista, Janete Riva, foi lançada pelo PSD como candidata ao governo de Mato Grosso, na tarde de ontem (12), assumindo o lugar do seu esposo, o deputado estadual José Riva (PSD), que teve a candidatura indeferida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Riva foi impedido de continuar na disputa pelo comando do Palácio Paiaguás, com base na Lei ‘Ficha Limpa’, por ter sido condenado por improbidade administrativa. O recurso foi julgado na noite de anteontem, conforme divulgado ontem pelo A TRIBUNA.
O anúncio da nova candidata foi feito durante entrevista coletiva, que reuniu toda a cúpula do partido e das siglas aliadas na coligação Viva Mato Grosso (PSD/PTC/PTN/PEN/PRTB/ SD).
No mês passado, o Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT) havia negado o pedido de registro da candidatura do deputado José Riva. No TSE, o indeferimento foi mantido. Com Janete, a disputa pelo governo do estado de Mato Grosso agora envolve quatro candidatos: seguem no páreo Lúdio Cabral (PT), Pedro Taques (PDT) e Dr. José Roberto (PSOL). O jornalista José Marcondes, o Muvuca, também teve a sua candidatura barrada pelo TSE.
José Riva é o deputado estadual com maior número de mandatos consecutivos no estado. Atualmente, exerce o 5º mandato e ocupa o cargo de presidente da Casa de Leis. Já esteve no comando da Assembleia Legislativa por outras vezes e chegou a ser afastado da função no ano passado por decisão da Justiça.
O parlamentar já teve quatro condenações colegiadas por crime de improbidade administrativa e, em maio deste ano, chegou a ser preso durante a Operação Ararath por suposto envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro por meio de factorings. Passou três dias no Complexo da Papuda, em Brasília, e depois foi solto. Após ser posto em liberdade, o parlamentar chegou a anunciar que abandonaria a política. Porém, depois de pouco mais de um mês lançou, candidatura a governador.
NOVA OPÇÃO
Segundo José Riva, resta pouco tempo até o dia 5 de outubro, mas o nome de Janete pode se consolidar como uma nova opção. “É uma missão dura, mas nobre. Ela poderá alavancar a candidatura e gerar um fato novo até a eleição. Será uma campanha curta, mas com o aval do grupo, ela terá plenas condições de buscar os votos necessários para um segundo turno. Acredito, aliás, que ela já pode ser considerada um fato novo, e que chegaremos ao segundo turno”, disse.
Riva avalia que, apesar das dificuldades, a campanha está indefinida. “O Pedro Taques está tendo muita resistência para crescer… Ele está sozinho, era pra ter pelo menos 60%, porque eu estava impugnado e o Lúdio Cabral faz uma campanha sem mobilidade, tímida. Se eu tivesse o registro de candidatura, era perfeitamente possível ganhar no primeiro turno”, disse.
Riva também reclamou do resultado da votação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que manteve a impugnação de sua candidatura. “É lógico que eu esperava um resultado diferente, pois tínhamos vários pareceres que indicavam que a nossa tese estava correta. Mas aceito a decisão judicial e vamos tocar nosso projeto em frente”, afirmou.
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Ao que parece o “osso” é bom demais, pois ninguém o quer largar.