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Grupo unido por eleição antecipada

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Grupo dos onze durante entrevista à reportagem do jornal A TRIBUNA na tarde de ontem
Grupo dos onze durante entrevista à reportagem do jornal A TRIBUNA na tarde de ontem

Não foi votado, na sessão da Câmara de Vereadores de ontem, o projeto que prevê a antecipação da eleição da mesa diretora da Casa de Leis, que esquentou o clima na sessão do dia 2. Antes em regime de urgência, o projeto perdeu o prazo e será novamente protocolado nesta quinta-feira, dia 10, desta vez em forma regimental. Onze vereadores continuam unidos em prol do que defendem como garantia de autonomia. O vereador Cido Silva (PP) deixou o grupo.
Em entrevista exclusiva ao jornal A TRIBUNA, os onze vereadores que se mantêm no bloco atacaram a intenção do Executivo em promover a desarticulação, segundo os parlamentares, por meio da barganha de cargos e apoio aos que saem candidatos a deputado estadual ou federal nestas eleições. Medida que tem causado irritação por parte dos que exigem que a eleição da nova mesa diretora seja antecipada. “Tem se causado uma situação de desconforto aos vereadores do nosso grupo esta tentativa de desarticular e fragmentar a união dos vereadores que querem a antecipação da eleição”, resumiu Hélio Pichioni (PR). Faz coro à declaração, os vereadores Lourisvaldo Manoel de Oliveira (PMDB), Adonias Fernandes (PMDB), Manoel Silva Neto (PMDB), Cláudio da Farmácia (PMDB), Thiago Silva (PMDB), Roni Magnani (PP), Denilson Sodré, “Dico” (Pros), Marcelo Marques (Pros), Mauro Campos (PT) e Olímpio Alvis (PR). “São quatro anos de mandato e dois anos de mesa. A maioria do grupo atual já está cumprindo seu segundo ano e temos também o direito a este pleito, com poder e liberdade para eleger e trabalhar. Tem vereadores com quatro e até seis mandatos, como no caso do vereador Fulô. Este é um grupo experiente”, diz Olímpio Alvis.
Antecipar as eleições, segundo o grupo, garante a autonomia nos trabalhos da Casa de Leis ante o cenário de eleição que se articula forte em todo o Estado e tem, por Rondonópolis, seis atuais vereadores como candidatos. “Estamos passando por um momento de eleição até o fim do ano. Não queremos interferência política dentro da Câmara, ainda menos de gente de fora. Hoje está havendo isso de palpitar na mesa diretora”, critica Adonias Fernandes. O vereador frisa, ainda, que a antecipação não retira do posto o atual presidente Ibrahim Zaher (PSD), que ocupa a cadeira da presidência até o dia 31 de dezembro. Com Zaher, seguem contrários à antecipação da eleição os vereadores Thiago Muniz (PPS), Aristóteles Cadidé (PDT) e Rodrigo da Zaeli (PSDB).
Nomes que hoje aparecem como opositores, mas que segundo o grupo dos onze, convidou o PMDB, no início do ano, para formar um bloco e pressionar a antecipação da eleição da mesa, em reunião convocada pelo PPS, em um café da manhã na casa do vereador Reginaldo Santos (PPS). “Nosso grupo já estava fechado desde janeiro e agora eles dizem que estamos jogando contra. A bancada do PMDB está com este grupo cumprindo o que foi decidido anteriormente. Estamos sendo justos uns com os outros”, diz Lourisvaldo de Oliveira.
Pelo PT, o atual vice-presidente da Casa, Mauro Campos garante que não há no grupo a intenção de formação de um bloco oposicionista em relação ao Executivo. “O prefeito Percival Muniz está cometendo um grande equívoco. Não existe linha de oposição ao Executivo, nem estamos criando um bloco com esta finalidade. A responsabilidade é com o certo e o errado, com a autonomia da Câmara dos Vereadores. Esta insistência do prefeito é o que pode criar esta possibilidade”, analisa. Manoel da Silva Neto completa: “A mesa não é para criar oposição. A discussão não é essa. O foco é a mesa diretora, só isso”.
Pelo Pros, Dico e Marcelo Marques acusam, ainda, uma tentativa de desarticular o grupo por cima, por influência de lideranças maiores do partido. “Passaram por cima de mim, conversando com lideranças maiores para angariar aliados do Pros”, disse Dico. “A justificativa para a antecipação é apenas porque este é um ano eleitoral, ao contrário do que especulam quanto a pressão sobre o atual presidente. Isso não existe”, completa. “Trata-se de um trabalho até de parceria com o Executivo, pois será melhor garantido com a independência da Câmara dos Vereadores. Um ano atrás, isso já vinha sendo discutido”, lembra Marcelo Marques.
Pelo PMDB, Cláudio da Farmácia e Thiago Silva foram os convidados a participar da citada reunião ocorrida no início do ano convocada pelo grupo agora contrário à antecipação. “Os poderes tem que falar por si. Hoje são contra, mas nós defendemos a autoridade da Casa de Leis”, diz Cláudio. Thiago Silva lembra que a antecipação em outros municípios foi benéfica, como estratégia para blindar a Câmara do desenrolar das eleições de outubro. “Queremos uma mesa para discutir melhor os projetos”, frisa.
Roni Magnani tem tomado a frente jurídica do projeto que prevê a antecipação, a tramitar e ser votado nos próximos 30 dias. O novo projeto será protocolado nesta quinta-feira. “Já pedimos parecer jurídico da própria presidência da Casa. Nos antecipamos quanto a isso, para haver o acompanhamento transparente do projeto”. Seu companheiro de partido a desertor do grupo, Cido Silva, participou de parte da conversa com a reportagem do A TRIBUNA e se defendeu ao afirmar que não decidiu ser contrário à antecipação, segue em busca apoio do prefeito Percival Muniz para sua candidatura a deputado estadual.

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