A Polícia Federal reiterou ontem, no auditório da Subseção da OAB de Rondonópolis, à uma comissão que representava as 500 famílias que invadiram as casas do Residencial André Maggi, no dia 25 de abril, que existe uma ordem judicial que precisa ser cumprida. “As famílias deverão desocupar as casas de forma pacífica ou por meio da força policial. Existe uma liminar para desocupação dos imóveis e vamos cumpri-la”, avisou o delegado federal Bruno Toledo.
Ontem, pela manhã, no auditório da OAB, representantes das polícias Federal, Civil e Militar, juntamente com o gerente regional da Caixa Econômica Federal, José Luiz Dias e mais o presidente da Câmara Municipal, Ibrahim Zaher, se reuniram com uma comissão que se diz ser representante dos moradores que invadiram as casas do Residencial André Maggi.
Segundo informou José Luiz Dias, as casas do André Maggi são referentes ao antigo Programa de Arrendamento Familiar (PAR), o qual foi extinto em 2009 com o lançamento do Programa Minha Casa, Minha Vida. “Para cada uma daquelas casas já existem pessoas pré-selecionadas que estão aguardando as suas moradias até hoje e que ainda só não foram entregues em razão de problemas de drenagem ocasionados por falta de estrutura de um residencial ao lado. As casas não estavam abandonadas”, disse.
O gerente regional da Caixa admite que realmente existe um problema social e que após a desocupação está disposto a entrar em contato com as 500 famílias que deverão deixar o residencial André Maggi o quanto antes. “Em Rondonópolis, a Caixa já entregou mais de 2 mil casas. Existem vários outros programas que poderão contemplar estas famílias”, externou.
A defesa das famílias é de responsabilidade do advogado Nelson Pereira Lopes. Ele repassou que já ingressou na Justiça Federal com um pedido de dilatação de prazo, pedindo 90 dias para a desocupação das casas. “Caso o pedido seja negado em Rondonópolis, iremos recorrer em Brasília no Tribunal Federal Regional da 1ª Região”, antecipou Nelson Pereira Lopes.
Segundo informou o delegado federal Bruno Toledo, nestes próximos três dias a PF vai tentar a retirada das famílias de forma pacífica. Porém, caso haja fracasso nas negociações, já está em fase de estudo uma estratégia para retirada dos invasores com o uso de força policial.
