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Rondonópolis
, 17 maio 2024
 
 

Percival propõe melhorar visual da cidade

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“Como eu quero fazer muito para a cidade, mudar de novo a sua cara no bom sentido, fazer bastante, não sei se em quatro anos, caso eu ganhe, vai ser suficiente...”

Com longa atuação política, Percival Santos Muniz (PPS) já passou pelas diferentes instâncias de poder: municipal, estadual e federal. Nas eleições 2012, quando ocupa uma cadeira na Assembleia Legislativa do Estado, voltou a disputar o comando da Prefeitura de Rondonópolis, cidade onde iniciou e mantém sua base eleitoral.
Nascido em 11 de março de 1956, Percival, apesar de baiano, foi oficialmente registrado como filho de Guiratinga, município vizinho de Rondonópolis. Viveu toda a infância na zona rural, na região do Tarumã e na região do Rio das Mortes. Até os 14 anos viveu em fazendas, saindo posteriormente para aprofundar os estudos.
Em Rondonópolis, o candidato a prefeito estudou nas Escolas Marechal Dutra, EEMOP e Emanuel Pinheiro. Estudou um ano em Cuiabá e concluiu o antigo segundo grau em Goiânia (GO). Passou no vestibular em Brasília (DF) e fez o curso de Geologia, mas não concluiu, pois nesse período se candidatou e foi eleito vereador em Rondonópolis.
Percival voltou para Brasília como deputado federal constituinte. Posteriormente, foi vice-prefeito e prefeito de Rondonópolis, depois prefeito novamente, secretário estadual e deputado estadual por dois mandatos. É produtor rural e, no tempo vago, gosta de ir para sua fazenda. “Lá é que trabalho mesmo. Se alguém vai descansar na fazenda comigo, se arrepende…”, brinca.
Filho do casal Otaviano Muniz de Melo e Dinalva Santos Muniz, Percival é casado hoje com Ana Carla Luz Borges Leal Muniz, ex-secretária estadual e ex-deputada estadual. Possui cinco filhos: Pablo Santos Muniz, 25 anos, Mayra Santos Muniz, 24 anos, os gêmeos Vitor e Vinicius, 23 anos, e Ana Flávia, 20 anos.
Percival é católico e, como times de futebol, tem o Fluminense, na esfera nacional, e o União, na esfera local. Perfeccionista, diz que tem o sonho constante de ser reconhecido por tudo que faz. “É aquela história de buscar a perfeição, ser reconhecido pelos serviços, pelas ações. Isso é o que me realiza. É um sonho que busco realizar todo dia”, atesta.
Considera Rondonópolis a síntese do povo brasileiro, mesclando suas diferentes regiões, estados e culturas. “Pessoalmente, é uma cidade que me permitiu realizar muitos sonhos”, conta “Procurei ajudar muito Rondonópolis e quero ajudar cada vez mais, porque ela me ajudou muito. Eu sempre vou ser grato a Rondonópolis”, acrescenta.

Caso eleito, qual vai ser a sua prioridade inicial a ser posta em prática em Rondonópolis?

É organizar os serviços públicos. Os serviços da cidade são muito deficientes, principalmente na área da saúde. Nós temos que fazer um mutirão inicial para melhorar esse setor. Isso envolve sentar com cada categoria da saúde, identificar os problemas que estão “pegando” e estimular a todos para prestar um serviço melhor. Nós vemos que está faltando alguns equipamentos. A prestação de serviços da área de saúde está muito aquém daquilo que a cidade pode oferecer. A equipe que está hoje na saúde é grande e tem condições de prestar um serviço bem melhor, sem grandes investimentos. Depois, é preciso fazer os investimentos necessários para, a cada dia, o serviço ficar melhor.

Os partidos do senhor e do seu vice não estão na base do governo estadual e federal. Como o senhor vai trabalhar essa questão? Isso prejudica a governabilidade?

Sou muito experiente em me relacionar com o governo federal e estadual. Quando fui prefeito, o governador não era do meu partido nem o presidente. Mesmo assim, conseguimos fazer muito. Tenho uma noção clara como ex-constituinte que os recursos pertencem ao cidadão, não ao governante – que têm de buscar cumprir a legislação estabelecida. Quase toda a aplicação de recursos é em cima de programas, os quais os municípios acessam independente da vontade do governador, do presidente; estão disponíveis para a comunidade e os prefeitos. Por exemplo: no Programa de Saúde da Família, a gente monta a equipe, estrutura e acessa os recursos. Você faz sua parte e o governo federal a dele. A mesma coisa com o governo do Estado. Na área de habitação, também é um programa: o “Minha Casa, Minha Vida”, que não depende da boa vontade do governante nem se o prefeito é de A ou B. O importante é que o projeto seja bem feito.

Mas são recursos federais e os recursos estaduais?

Os recursos estaduais estão faltando até hoje. A Santa Casa sofre com a falta de verba estadual. Na verdade, o que tem de recurso estadual é o que é de obrigação do Estado. De fato, o Estado está passando por dificuldades, não prejudicou só a administração do Zé do Pátio. Isso é antigo. Os últimos governos eficientes a nível estadual já têm algum tempo que terminaram. Nós estamos com dificuldades para que os governos estaduais cumpram sua tarefa.

Qual seria o meio legal para ter esse retorno?

Primeiro, é preciso ter um prefeito com credibilidade, ter bons projetos e opinião pública; a população conseguir com que o governo do Estado cumpra seu papel. O dinheiro não é do governador, é do cidadão que recolhe impostos. O que ocorre é que o governo do Estado perdeu a capacidade de fazer grandes investimentos nos municípios. Está concentrado na Copa do Mundo e está fazendo uma maquiagem em algumas ações. Eleitoralmente, vem fazendo uma demagogia para dar discurso para o candidato que ele apoia. Não vejo nada consistente do governo do Estado aqui. Os grandes programas do Estado em Rondonópolis estão parados. Fecharão as urnas dia 07 e muitas coisas que estão acontecendo vão parar, porque alguém está emprestando recursos para não deixar parar a maquiagem que estão tentando montar na cidade. Até vou citar um exemplo: Mato Grosso só tem dois cargos a nível federal. Um é do Valtenir Pereira, que está me apoiando, e o outro é o Homero Pereira, que também está me apoiando. O Wellington e o Silval não tem ninguém em Brasília, assim como o Blairo. Então, é um alinhamento invertido. A travessia urbana, que é um programa do governo federal, está um caos: o dinheiro sumiu, a empresa quebrou e colocaram outra empresa, porque amarraram com ela o seguinte: você leva prejuízo aqui, mas, se ganharmos, te passo um serviço essencial na cidade para você fazer e compensar. No córrego Canivete colocaram algumas máquinas apenas para fazer uma maquiagem de 30 dias. Na verdade, estão fazendo uma maquiagem mal feita. A população está percebendo isso e que é uma coisa totalmente demagógica e eleitoral. No mais é oba-oba e bla-bla-blá.

Alguns setores falam que o senhor, sendo eleito, não vai cumprir os 04 anos de governo. Qual é a sua postura quanto a esta questão nesse momento, para ficar claro para a

"Eu tenho um estilo diferente, não sou deputado papagaio de pirata. Sou deputado que cumpre minha função , o que a legislação permite"

população?

Se eu conseguir ser eleito, vou tentar ficar oito anos, porque não vai dar de concluir tudo em quatro anos. Primeiro, quero cumprir os quatro anos e, depois, se tiver boa administração – que eu espero que tenha – vou tentar mais quatro anos, para terminar aquilo que está começando. Como eu quero fazer muito para a cidade, mudar de novo a cara da cidade no bom sentido, fazer bastante, não sei se em quatro anos, caso eu ganhe, vai ser suficiente… Mas tem o Rogério que é um candidato já testado e aprovado. Na verdade, nós somos dois em um, somos dois prefeitos em um. Somos uma chapa vacinada contra riscos.

Como vai ser a relação do senhor com a Câmara de Vereadores, caso o senhor seja eleito, porque ela vai estar em um processo diferente do que está hoje, com 21 parlamentares?

Eu administrei com 17 vereadores. Quem conseguiu administrar com 17 vereadores pegar 21 vereadores não tem muita diferença. Na verdade, eu consigo transformar problema em solução. Quando muitos prefeitos veem problemas eu vejo solução. Vou ter 21 vereadores ajudando a identificar os problemas, fazendo parcerias e a tocar a cidade. Não vejo nenhum problema com os parlamentares, porque sempre são um parceiro. Até na crítica você é ajudado. Hoje não tenho nenhum problema com a nossa chapa, ninguém saiu, ninguém abandonou o barco. Enquanto no outro lado está só saindo e vindo para cá; é um pula-pula para cá…

Com relação à Secretaria de Apoio à Segurança Pública, qual é o posicionamento do senhor?

Muita boa! Essa obrigação é do Estado e o Município criou essa Secretaria para ajudar no seu trabalho. Se não tiver muito cabide de emprego lá dentro, porque tem Secretaria que é cabide… Mas vamos manter a Secretaria. Se tiver cabide de emprego, vamos cortar a metade do quadro para ficar de fato o necessário. Como a maioria da polícia na cidade é militar, quero colocar um militar para ser o secretário, porque conhece mais os problemas da PM… para conduzir as parcerias, administrar e fazer as cobranças que vamos fazer a nível estadual.

Percival, a política de gestão do Sanear é algo que está em discussão nesta eleição. O senhor pretende privatizar a água em Rondonópolis, estando no poder?

Pai não mata filho, a não ser que seja herege! Eu criei o Sanear, pois o DAE é uma autarquia; depois, mudou só o nome, mas as funções continuam a mesma. Não vou assassinar um filho que eu criei. Quem tentar assassinar, eu sendo prefeito ou não, vou morder a goela. Vejo que tem gestor aí querendo assassinar o Sanear. Até naquela época eu queria que fosse Sanear, juntamente com o Marcos Reis, mas os vereadores criaram com o nome de DAE. Isso é cria do Percival. Se é cria do Percival, vou zelar como zelo dos próprios filhos.

No seu projeto de campanha, o senhor se diz a favor da implantação de um calçadão na Avenida Amazonas, entre as praças Brasil e dos Carreiros. O Jornal A TRIBUNA já discutiu esta questão e percebeu que existe uma divisão de opinião entre comerciantes e consumidores. Comerciantes são contra e consumidores, a favor. Como o senhor pretende lidar com essa divisão de opinião em uma possível implantação do projeto?

Quando o projeto é bem feito, bem concebido, tem uma fase de debates, normalmente convence. Os argumentos vão prevalecer. Não tenho dúvidas que vamos construir um consenso, para podermos construir um calçadão não  como as pessoas, muitas vezes, veem à primeira imagem. Na verdade, para fazer um shopping em rua aberta, da Praça dos Carreiros até a Praça Brasil. Mas isso nós vamos debater com bastante humildade, com bastante argumento. Ninguém é contra o melhor! Muitas vezes, preferem ficar contra porque não conhecem o projeto. Mas na hora que conhecerem todos os detalhes, com certeza, quem é contra vai ficar a favor.

Falando em centro de Rondonópolis, o estacionamento central está estrangulado, sendo complexo parar um carro nessa área. Existe um projeto de estacionamento rotativo pago em andamento. Como o senhor vai lidar com essa questão, caso eleito? O estacionamento rotativo é a solução ou o senhor tem outra proposta?

Eu tenho outra proposta. Estacionamento se resolve com estacionamento. É construir, incentivar os estacionamentos em cada quarteirão do Centro. Vou conseguir provar que, muitas vezes, uma loja que está hoje aberta, se ela mudar para ser um estacionamento, consegue faturar mais do que mantendo a loja em funcionamento. Não vai faltar quem queira transformar terrenos que tem em cada quarteirão das avenidas Amazonas e da Marechal Rondon em estacionamento. Um estacionamento com 110 vagas, que não é muito difícil de ter, consegue-se ter um faturamento líquido mensal muito grande e paga a estrutura de funcionário, que não é muito grande. Vai sobrar vagas e ainda vai haver uma disputa entre os estacionamentos.

No Legislativo, a impressão que a gente tem é que o senhor teve pouca mobilização em causas federais ligadas a Rondonópolis, como a duplicação da BR-364 entre Rondonópolis e Cuiabá, a rodovia alternativa entre essas duas cidades e a autonomia do campus da UFMT. Como prefeito como o senhor pretende se posicionar em relação a essas causas?

Eu acompanhei e participei de todos esses debates. Só que eu tenho um estilo diferente, não sou deputado papagaio de pirata. Sou deputado que cumpre minha função, o que a legislação permite. Tem deputado que gosta de aparecer e não sou contra. Meu estilo é fazer aquilo que é minha obrigação, fazer o que é melhor para a minha comunidade. Não gosto de ser comparado a eles. Cada um tem o seu estilo. Sou o deputado que mais apresentou projeto, o deputado que mais fiscalizou o governo, que mais CPIs criou, que de fato cumpre seu papel como parlamentar.

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