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Rondonópolis
, 11 maio 2024
 
 

Travessia Urbana – Falhas são confirmadas, mas desvio de recursos é afastado a princípio em obra

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Prefeito Zé Carlos do Pátio e sua equipe explicam detalhes em relação à travessia urbana da BR-364 aos vereadores e à imprensa

–> LIBERADO –> Uma cópia do relatório com os laudos técnicos feitos no pavimento novo da obra da travessia urbana da BR-364 foi entregue ontem (27/04) aos vereadores pelo prefeito Zé Carlos do Pátio e pelo secretário municipal de Infraestrutura, Ronaldo Uramoto. Em pouco menos de dois meses de uso, o pavimento apresentou visivelmente vários defeitos. O prefeito reconheceu a existência de falhas na execução da obra, mas não apontou a visualização de indícios de desvio de recursos ou superfaturamento – o que era uma preocupação da sociedade. Agora as responsabilidades de cada parte terão de ser cobradas e fiscalizadas pelos vereadores e sociedade.
O prefeito repassou que uma das falhas verificadas pelo relatório técnico foi de que a empresa contratada – a Objetiva Engenharia – errou na taxa da aplicação de betume (massa do asfalto). Ele esclareceu que a empresa contratada foi cientizada desse erro e que a mesma se comprometeu em arcar com os custos da correção, sem ônus ao contribuinte. O relatório foi encomendado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes em Mato Grosso (Dnit-MT), através da Maia Melo Engenharia, de Recife (PE). Por causa dos problemas verificados, as obras de pavimentação foram paralisadas.
Contudo, Zé Carlos do Pátio externou que a equipe da Prefeitura constatou que o projeto de engenharia da travessia urbana da BR-364 acabou ficando sub-dimensionado em relação ao aumento do tráfego na região ao longo dos últimos seis anos. Ele observa que o projeto é de 2006, prevendo uma espessura de pavimento bem inferior àquela que seria a ideal para o fluxo de veículos atual. A licitação foi feita em 2008 e o começo das obras, em 2009. O relatório mostra, conforme verificado pelo Jornal A TRIBUNA, que a capa asfáltica no projeto da travessia é de 8,5 centímetros e, no trecho subsequente, entre o posto da PRF e Santa Elvira, o Dnit aprovou projeto com capa asfáltica de 13 centímetros.
Zé Carlos do Pátio reforçou estar empenhado em resolver com rapidez os problemas. Tendo em vista o sub-dimensionado, o prefeito adiantou que a Prefeitura está licitando a contratação de uma empresa especializada para fazer a revisão do projeto referente ao pavimento. A intenção é garantir para a obra um pavimento que atenda a real e atual demanda de veículos na estrada. A informação é de que o custo da revisão do projeto está sendo bancado pelo Município. No entanto, após a realização da nova revisão do projeto, será necessário aguardar a autorização do Dnit para a execução do projeto revisado, o que encarecerá mais a obra.
CUSTOS – Um dos pontos esclarecidos ontem pela municipalidade foi quanto aos valores da obra da travessia urbana. Apesar de terem sido liberados pelo governo federal cerca de R$ 44 milhões, o prefeito repassou que somente cerca de R$ 27 milhões foram pagos à empreiteira, havendo ainda na conta da Prefeitura cerca de R$ 18 milhões. Segundo a Prefeitura, o valor revisado da obra é de cerca de R$ 53 milhões, faltando receber ainda cerca de R$ 8 milhões. Com isso, demonstrou que há dinheiro em caixa para a condução das obras.

Vereadores prometem cobrar rapidez em solução

Presidente da Câmara Municipal, Ananias Filho, e o presidente da comissão de Obras, Transporte, Trânsito e Serviços Públicos, Fulô, mostram o relatório técnico recebido

O presidente da Câmara Municipal, Ananias Filho, e o presidente da comissão de Obras, Transporte, Trânsito e Serviços Públicos, Lourisvaldo Manoel de Oliveira, o Fulô, prometem acompanhar de perto os encaminhamentos a serem dados pela Prefeitura em relação às obras da travessia urbana da BR-364, cobrando agilidade na concretização de soluções para os problemas verificados.
Conforme Fulô, o primeiro passo da comissão que ele representa é articular a contratação de uma assessoria formada por engenheiro, visando proceder a devida análise dos laudos do relatório técnico encomendado pelo Dnit e acompanhar o andamento das obras. Ele externou ao Jornal A TRIBUNA que concorda com a posição da Prefeitura em realizar a revisão do projeto, para ter uma espessura de asfalto maior, mas que é preciso agilidade no processo.
Ananias Martins observou ao A TRIBUNA que, realmente, é muito ruim para a cidade ficar com a obra de pavimentação da travessia urbana paralisada. Nesse sentido, destacou que o fato da Prefeitura se dispor em pagar a revisão do projeto já agiliza bastante o processo. Por isso, externou que vai cobrar para que o Dnit seja ágil também para autorizar a execução do projeto revisado.
Agora, Ananias e Fulô também entendem que, a princípio, não houve desvio de recursos da obra. “A finalidade do recurso foi cumprida; não houve desvio de recurso, à primeira vista”, externou Ananias, confirmando erro de execução apenas. Por isso, explicou que não vai agir por impulso para propor uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). “Queremos que a obra seja de boa qualidade e tenha durabilidade”, acrescentou.
Além da contratação de uma assessoria na área de engenharia, a Câmara informou que ainda vai promover uma grande reunião com os deputados federais Wellington Fagundes, Carlos Bezerra, o senador Blairo Maggi, o prefeito Zé Carlos do Pátio e representantes do Dnit-MT. O propósito será desenvolver ações que visem a agilidade na retomada das obras da travessia, especialmente do asfaltamento do trecho da pista antiga que teve o asfalto retirado e não foi reposto, gerando grande cortina de poeira todos os dias.
Na avaliação do vereador Olimpio Alvis, o prefeito demonstrou bastante transparência em suas posições quanto à obra. Nesse sentido, ele externa que percebeu o prefeito bastante solícito e empenhado em dar agilidade em prol de uma solução para os problemas na travessia urbana, pois reconheceu que a sociedade já sofreu bastante com a demora e atual paralisação da obra. “Na minha opinião não achei que o prefeito estivesse querendo esconder algo”, admitiu.

 

Enquanto parte burocrática é discutida, problema da poeira em um trecho da pista antiga da BR-364, de aproximadamente 01 quilômetro, vem gerando muitos transtornos

Solução para nuvem de poeira não pode esperar

Apesar das promessas por empenho na correção das falhas no pavimento novo na BR-364, as autoridades ainda demonstram que não há preocupação em resolver, de imediato, o grande problema da poeira em um trecho da pista antiga, de aproximadamente 01 quilômetro, que teve o asfalto retirado e não foi reposto, gerando muitos transtornos. O ideal seria que houvesse um entendimento para que o asfalto desse trecho fosse recomposto com urgência, antes do término da revisão do projeto, concentrando todo o tráfego na pista antiga novamente, como era antes, objetivando garantir a trafegalidade dos usuários.
Agora o Jornal A TRIBUNA tem observado que, com o trecho sem asfalto, os motoristas enfrentam todos os dias uma espécie de “voo cego” ao passarem por Rondonópolis, com riscos de acidentes e, inclusive, de mortes na BR-364. O alerta é que, com a revisão do projeto, o problema da poeira no trecho corre o risco de demorar ser resolvido. Da última vez que o projeto da travessia urbana foi revisado, por causa de problemas de drenagem, foram cerca de seis meses de obras paralisadas.

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2 COMENTÁRIOS

  1. Srs. Vereadores,olhem com cuidado e atenção o que esta acontecendo com os serviços na BR163/364 travessia urbana de Roo-MT. Ao vocês acatarem tudo o que diz Prefeito e DNIT e FICAREM EM SILENCIO é conivência com o que esta acontecendo, portanto deveriam fiscalizar com muito rigor pois ´R$ 28.000.000,00 ja foram p/o ralo e até agora não tem nada feito, a não ser só poeira como se vê nas fotos. Isso não pode virar pizza, pois sei que a maioria dos senhores vereadores tem atitudes muito serias.

  2. Como ja havia colocado em outro comentario sobre a travessia, o grande problema todo foi gerado pela neglicencia… Porem essa neglicencia foi nossa enquanto contribuinte que não cobramos nada, mas sabemos reclamar da gestão munIcipal que não fiscalizou um projeto defasado… E da propria construtora que, ao executar deveria ter colocado isso de forma clara, tanto para a sociedade quanto a administração. Mas como no Brasil tudo funciona depois que acontece, agora temos mais um problema dentro de nossa cidade… E estamos sendo penalizados pela demora em conclusão pelo projeto… Me desculpem a franqueza, mas se houve um erro na aplicação do total de asfalto, teve sim corrupção ativa e passiva por todos… Estamos vendo um verdadeiro atestado de incompetência sendo assinado pelo poder publico pela falta de agilidade e cobrança nas ações que tem por dever cobrar e fiscalizar, porém ainda fica minha pergunta: cadê o Ministerio Publico que não foi analisar tudo isso???

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