A primeira audiência relativa ao processo que apura a suposta compra de votos pelo prefeito Zé Carlos do Pátio (PMDB) e a vice Marília Salles (PSDB), no dia das eleições de 2008, realizada ontem, no Fórum de Justiça da Comarca, durou mais de doze horas.
Presidida pelo juiz eleitoral Antônio Peleja Junior, a audiência começou às 8 horas e terminou por volta das 20h30.
O prefeito Zé Carlos do Pátio não precisou depor ontem no processo e também não esteve no Fórum. Porém, foi representado pelos seus advogados José Pereira Neto e Válber Melo. Fora isso, o advogado Cristiano Araújo, irmão de Pátio e que faz parte da equipe de defesa do peemedebista, também acompanhou a audiência junto com Benjamin Célio Vieira, advogado da vice-prefeita Marília Salles.
“Não posso me manifestar sobre o que foi falado na audiência, pois este processo corre em segredo de justiça, mas antecipo que a defesa ficou muito satisfeita com o que ocorreu, para nós a audiência além de ter sido tranquila foi muito boa”, avaliou o advogado Válber Melo.
A audiência foi acompanhada pelo promotor de Justiça Wagner Antônio Camilo. O Ministério Público é o autor da ação que resultou no processo que corre na Justiça.
Ontem, apesar de 22 testemunhas terem sido arroladas pelo Ministério Público, pela defesa de Zé do Pátio e Marília Salles, apenas dez foram ouvidas. A defesa de Pátio justificou que depois de alguns depoimentos não teriam mais necessidade de ocorrer os demais e por isso houve dispensa de testemunhas.
Testemunhas chaves no processo, tanto de defesa, como de acusação, foram ouvidas. Uma delas foi o delegado da Polícia Federal Rômulo Rodovalho, responsável pelo inquérito federal que investigou o caso.
O major Otomar Pereira, que conduziu o trabalho da Polícia Militar no dia da apreensão de dinheiro e de material de campanha na casa do presidente da Unisal, Miguel Milani, também foi ouvido, como também o próprio Miguel Milani.
O advogado de defesa do prefeito afirmou que foram determinadas algumas diligencias e o processo não tem prazo para ter o resultado final divulgado.
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Todos eleitores de nossa cidade esperam uma Justiça exemplar, para que essa farra de compra de votos seja banida de vez nas campanhas eleitorais e inclusive que sejam punidos os casos de barganha de contrato de trabalho nos serviços públicos e colaboração financeira às lideranças comunitárias em troca de apoio político futuro, que pode, se quiserem, ser caracterizado como “compra” de votos. E há que se dizer que essas distorções só abaixam os níveis da boa prestação dos serviços publicos, são os famosos “QI” (Q ue I ndicaram! Q ue I ncompetência!!!)
Temos que acabar com essa prática de compra de votos, pois somente assim a vontade do povo será soberana como diz a Carta Magna.
O poder judiciário fará as vozes do povo e colocará os autores dessa prática infame na rua, de onde jamais deveriam ter saido, pois é na rua que se vê os erros da administração pública, é nas ruas que se sofre os desmandos de quem não tem nenhum compromisso com os eleitores, já que conquistaram o poder pela força do dinheiro e não pela vontade do povo.
E não venham falar que se trata de perseguição política, pois a obediências às leis é para todos, desde o ladrão de galinhas, até o presidente da república. Somente assim, o povo desse país poderá aproveitar as imensas riquezas que brotam por todos os lados dessa enorme nação.