Quatro investigadores e um perito da Politec participaram do cumprimento do mandado na casa do suspeito e materiais como CDs, pen drive, HD e aparelhos celulares foram apreendidos no local
Um mandado de busca e apreensão foi cumprido ontem (20), em Pedra Preta, durante a mega operação “Luz da Infância”, de combate à pedofilia, deflagrada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), órgão subordinado ao Ministério da Justiça. As polícias civis de 24 estados e do Distrito Federal participaram da operação, que além do apoio dos estados, teve também participação da embaixada americana para desbaratar a rede que atuava na chamada “deep web” ou “darknet”, a internet obscura, que não pode ser acessada pelos meios convencionais. As investigações tiveram início há seis meses.
Conforme informado pela Delegacia Regional de Rondonópolis, quatro investigadores e um perito da Perícia Oficial (Politec) participaram do cumprimento do mandado na casa de um suspeito em Pedra Preta, e materiais como CDs, pen drive, HD e aparelhos celulares foram apreendidos no local. “Os materiais apreendidos serão submetidos a exames periciais e as investigações continuarão. Caso a denúncia se confirme, o delegado que responde por Pedra Preta, Lucídio Rondon, deve indiciar o investigado”, explicou o delegado regional.
De acordo com o Ministério da Justiça, 108 pessoas foram presas em flagrante durante a “Luz da Infância”. A operação contou com 1.100 policiais para mandados de busca e apreensão e de condução coercitiva. A polícia efetuou um total de 108 prisões, 143 mandados cumpridos e 151.508 arquivos foram rastreados em todo o Brasil. O material apreendido pelas polícias dos estados durante a operação de combate a pedofilia, inclui também vídeos de bebês sendo molestados e uma cartilha com orientações de como abordar crianças.
De acordo com a Polícia Civil, o nome Luz na Infância foi escolhido porque a internet facilita a pedofilia e, via de regra, “os criminosos atuam nas sombras, nos ‘guetos’ da rede mundial de computadores. Luz significa propiciar a essas crianças e adolescentes – vítimas – o resgate da sua dignidade, bem como retirar da obscuridade esses criminosos”.