A condutora da caminhonete que atropelou e provocou a morte de uma motociclista, a agente comunitária de saúde Giselle Gonçalves de Almeida (24), deve responder processo por homicídio culposo (quando não há intenção de matar). Em depoimento à Polícia Judiciária Civil (PJC), a mulher que conduzia a caminhonete disse que o atropelamento foi provocado devido ao uso de chinelo de dedos na condução do veículo. O nome dela não foi divulgado.
O acidente aconteceu anteontem (3) no bairro Monte Líbano, no cruzamento da Rua Rio Branco com a Avenida Kamal Jumblat. Giselle seguia pela Rio Branco de motocicleta quando foi atingida pela caminhonete que invadiu a pista. A jovem morreu na hora. O pai dela, que seguia em outra motocicleta, presenciou o acidente e foi amparado por populares.
Com o impacto, a caminhonete ainda fora de controle subiu em uma calçada e atingiu outra motocicleta que estava estacionada. O veículo parou a aproximadamente 60 metros do local em que houve a colisão que vitimou Giselle. Em depoimento à polícia, a condutora disse que dirigia com um chinelo de dedos, e que o calçado se prendeu nos pedais do veículo provocando aceleração e fazendo com que a mesma cruzasse a rua.
Encaminhada por policiais militares para a realização do teste de bafômetro, não foi constatado a ingestão de bebida alcoólica por parte da condutora. Ela foi conduzida para a 1ª Delegacia de Polícia e prestou depoimento ao delegado plantonista. Após pagar fiança, a mulher foi liberada. O inquérito sobre o caso será conduzido pela Delegacia de Trânsito de Rondonópolis (Deletran), que aguarda o laudo da Perícia Oficial (Politec) sobre o que realmente provocou o acidente.
Giselle era estudante universitária e trabalhava no Posto de Saúde da Família (PSF) da Vila Ipê. Nas redes sociais, os amigos e colegas de trabalho lamentaram a morte precoce. Ela foi sepultada ontem (4) em Rondonópolis.