Desembargador manda soltar motoqueiro atropelador

A Justiça concedeu parecer favorável ao pedido de habeas corpus impetrado em favor de Elissando da Silva Martins (32), o “Hip-Hop”, que atropelou e causou a morte da aposentada Maria de Fátima Lacerda (57), no dia 20 de outubro, no Jardim Buriti, em Rondonópolis. A decisão é do desembargador Orlando de Almeida Perri, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso. Elissandro foi liberado na noite de ontem (28).
Ele teve a prisão preventiva decretada pelo Juiz de Direito da 1ª Vara Criminal de Rondonópolis, Wladymir Perri e estava na cadeia pública anexa à penitenciária Mata Grande desde a última sexta-feira (23).
Após a prisão em flagrante no dia do atropelamento, o juiz Wladymir Perri determinou a prisão preventiva do rapaz. Na determinação constavam os fatores como a gravidade da situação, a vida delituosa de Elissandro, “que tem diversas ações penais em curso e conta com condenações da Justiça, e a garantia da ordem pública para se evitar a reiteração criminosa (indícios de que ele tem inclinação para a prática criminosa)”, como alguns das razões para que ele fosse mantido preso.
Mas o desembargador alegou que o crime pelo qual “Hip-Hop” deve responder (homicídio culposo e direção perigosa) é punido, em tese, com penas em regime semiaberto ou aberto.
Na sua decisão, Orlando Perri também leva em conta que “os elementos contidos nos autos não revelam motivos para manter a decisão que converteu o flagrante em prisão preventiva e que o argumento de que a periculosidade do suspeito, por ostentar antecedentes criminais, é insuficiente para demonstrar que a sua liberdade representa risco à ordem pública”.
O caso causou comoção na sociedade, Maria de Fátima, que era uma pioneira na região do Buriti, estava próxima à sua casa e saiu apenas para ir à padaria. Ela foi atropelada na calçada por Elissandro, que pilotava uma motocicleta CB 600 F Hornet. Ele alegou que perdeu o controle da moto ao desviar de um veículo, porém, relatos de testemunhas a polícia informaram que ele trafegava em alta velocidade pela via.
“Hip-Hop”, conforme já foi amplamente divulgado, tem várias passagens pela polícia, entre elas, por direção perigosa de veículo em via pública e duas passagens por dirigir sem habilitação.