Foi encerrada, por parte da Polícia Civil de Mato Grosso, a procura pelo avião da candidata ao governo do estado Janete Riva (PSD) em território boliviano até que a polícia do país vizinho encontre pistas da localização da aeronave e dos pilotos que foram sequestrados há 11 dias, no aeroporto municipal de Pontes e Lacerda. O delegado Gilson Silveira, que conduz as investigações sobre o caso, afirmou que a polícia mato-grossense tem mantido contato diário com a equipe boliviana, responsável pela procura, em busca de informações.
Gilson Silveira e investigadores da Polícia Civil de Pontes e Lacerda passaram uma semana na Bolívia atrás de pistas do avião e dos pilotos. Segundo o delegado, se houver confirmação de que a aeronave encontra-se na Bolívia ou em outro país, a Polícia Federal deve assumir o comando das investigações.
Um dos problemas é que o avião está sem rastreador, o que tem dificultado a localização. “O avião está sem rastreador e os celulares dos pilotos estão desligados”, afirmou o delegado. Além disso, o roubo não foi testemunhado por nenhuma pessoa. Esse é outro obstáculo enfrentado pela polícia. “As investigações ficam prejudicadas, porque não há testemunhas, e ficam restritas à busca de informações dos pilotos”, disse o delegado.
De acordo com o delegado, tudo indica que o piloto Evandro Rodrigues de Abreu e o copiloto Rodrigo Frais Agnelli ainda estejam em poder dos criminosos, já que até agora não entraram em contato com ninguém, nem mesmo com os familiares. A suspeita é de que o avião tenha sido roubado e levado para a Bolívia para ser utilizado no tráfico internacional de drogas.
A aeronave estava sendo usada por Janete Riva para percorrer os municípios do interior em busca de apoio à candidatura. No dia do roubo, ela tinha participado de um evento em Pontes e Lacerda e depois seguiria para Vila Bela da Santíssima Trindade. Porém, cerca de 15 minutos antes de Janete e do candidato ao Senado Rui Prado chegarem ao aeroporto, a aeronave desapareceu, segundo informou a assessoria de imprensa da candidata.
Na Bolívia, os policiais mato-grossenses percorreram várias fazendas. Mas, segundo o delegado, a extensão territorial e a existência de muitas pistas de pouso clandestinas também prejudicam os trabalhos.
