Apesar de evidenciar a indignação da sociedade com a impunidade e generalização da violência no Brasil, atos extremos de “se fazer justiça com as próprias mãos” podem gerar consequências desastrosas. O alerta é feito por alguns profissionais ouvidos pela reportagem do Jornal A TRIBUNA, nesta segunda-feira (15/09), em função do episódio de espancamento por populares de acusados de praticar um assalto na Avenida Lions Internacional, em Rondonópolis, assim como outros casos semelhantes que têm se espalhado pelo Brasil.
Para a psicóloga Vera Lícia Menezes Logrado, cenas como a registrada ontem em Rondonópolis possuem dois lados a serem analisados. Um deles mostra a revolta e indignação das pessoas diante da sensação de falta de segurança. Ao entenderem que não possuem segurança pública, avalia que as pessoas agem de forma instintiva, em prol da autodefesa. “Estamos todos muito assustados, ansiosos… O estresse que vivemos hoje faz com que haja essas reações instintivas de autodefesa, o que é perigoso”, analisa.
Por outro lado, Vera Lícia situa que situações de reação e embate com acusados de crimes podem resultar em tragédias. “Não é o comportamento apropriado e saudável [as pessoas fazendo o papel de polícia e Justiça]”, avalia. Ao tentar intervir na ação delituosa, ela alerta que pode haver a reação do criminoso ou comparsa e a pessoa/cidadão acabar perdendo a própria vida. Nesse sentido, pontua a necessidade de uma presença efetiva do Estado na nossa sociedade. “A gente vê a violência aumentando e não vê um sistema de segurança para que a população se sinta segura”, acrescenta.
O professor José Antônio de Melo, que leciona Direito Civil na Faculdade Anhanguera, também observa, de forma resumida, que a população está bastante descontente e descrente com a falta de agilidade e eficácia da Justiça e, nesse contexto, parcela das pessoas entende que fazer justiça com as próprias mãos é o melhor caminho. O profissional alerta que esse tipo de justiça popular pode resultar em situações bárbaras, como a registrada no litoral de São Paulo, onde uma mulher foi morta por populares ao ser confundida com uma sequestradora de crianças para rituais macabros.
Professor Melo ressaltou à reportagem que esse mecanismo popular visando acelerar a Justiça é equivocado, pois existem outras formas apropriadas para isso. Na verdade, ele acredita que é preciso aperfeiçoar as instituições democráticas e os mecanismos de Justiça existentes no Brasil. Inclusive, pontua que esse processo pode começar nessa época de eleições, elegendo pessoas com melhores condições de representar a sociedade brasileira e com condições de promover as mudanças necessárias.
Há muito tempo que os responsáveis por Rondonópolis nos prometeram rotatórias na MT 270, nas proximidades do Bairro Colina Verde para que o fluxo de veículos fosse permitido adentrar ao bairro e demais outros na região, ao invés de se fazer voltas e mais voltas num trânsito congestionado. Simplesmente promessas nunca cumpridas, não só dessa atual gestão, mas de outras anteriores que, ao invés de resolver o problema, colocaram blocos de concreto pelo meio da pista, numa clara demonstração de que nada entendem de trânsito e benefício para os motoristas desses bairros e outros na região. E agora vieram com esses malditos pardais ao invés de lombadas eletrônicas. Sinceramente. . . . . . . Por quê não grandes rotatórias? O custo é mínimo, ao passo que os pardais custam milhões!!!
Rondonópolis está entregue aos bandidos, não há fiscalização, pode-se andar armado, com moto roubada, bebes em motocicletas, tudo pode pois não há autoridade presente.
Dai vem o prefeito e coloca os radares… isso não é fiscalizar, é fabricar multa.
Pode circular armado, desde que esteja na velocidade permitida!!!