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, 21 maio 2024
 
 

Presa quadrilha acusada de invadir contas

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–> LIBERADO –> Uma engenhosa fraude praticada pela internet foi desarticulada pela Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso, na operação “Orion”, deflagrada ontem (14), na capital mato-grossense e nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia e Ceará, para cumprimento de nove mandados de prisão temporária (5 dias) contra pessoas envolvidas em furto qualificado mediante fraude de contas correntes do Banco do Brasil e interceptação telemática ilegal. Treze mandados de busca e apreensão também foram cumpridos em três empresas sediadas em Cuiabá, Rio de Janeiro e Bahia e dez residências nos cinco estados. Dez pessoas foram presas, entre elas duas em flagrante.
A operação “Orion”, que significa “O Grande Caçador” foi realizada simultaneamente nos cinco estados pela Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso, com o apoio da Delegacia de Repressão as Ações Criminosas Organizadas (Draco), do Rio de Janeiro, policiais civis dos estados de São Paulo, Bahia e Ceará e Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) de Mato Grosso e Rio de Janeiro.
As investigações da Gerência de Combate aos Crimes de Alta Tecnologia (Gecat), unidade da Diretoria de Inteligência da Polícia Civil de Mato Grosso, iniciaram há oito meses com a descoberta de 450 relatórios gerados em arquivos de blocos de notas do Windows, encontrados em computadores de uma lan house de Cuiabá.
Os arquivos continham informações de IP’s (Protocolo de Internet) de vítimas e assinaturas de um mesmo e-mail de uma conta no Hotmail, todos com informações idênticas no cabeçalho. A partir daí, a Gerência de Combate a Crimes de Alta Tecnologia (Gecat), começou a cruzar as informações e descobriu que os dados tratavam-se de informações cadastrais de correntistas do Banco do Brasil, incluindo senhas de 4, 6 e 8 dígitos.
A equipe da delegada da Gecat, Maria Alice Barros Martins Amorim, chegou até o hacker acusado de ter desenvolvido o aplicativo capaz de furtar dados de correntistas do Banco do Brasil, com técnica de phishing, enviado boa parte por e-mail, com a solicitação falsa de atualização cadastral. “A Polícia Civil descobriu como funcionava a fraude do cartão clonado e identificou que houve diversas tentativas de invasões em contas bancárias e vítimas consumadas nas cinco regiões do Brasil”, disse a delegada Maria Alice, que comanda a operação.
A pessoa clicava no endereço eletrônico, o link abria uma falsa página do Banco do Brasil, altamente desenvolvida para enganar o cliente. Ali a vítima atualizada suas informações bancárias e no final do processo surgia uma tela com a informação “servidores em manutenção”, mas um link logo abaixo redirecionava o usuário à página verdadeira do banco, dificultando a descoberta da fraude.
A página continha as mesmas identificações do portal do Banco do Brasil. Por isso, o usuário acreditava que estava de fato no site do banco, acessando o sistema e realizando operações financeiras com segurança.
Nas investigações da fraude que pode ter atingido milhares de correntistas em todo o País, a Gecat confirmou 447 tentativas de acessos a contas bancárias e 165 contas invadidas nas regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Uma vítima teve, inclusive, dinheiro transferido de sua conta e empréstimos bancários realizados. “A gente acredita que isso é uma fatia. O crime vai exaurindo e varia de região para não ser detectado. É assim que o criminoso age”, disse a delegada.
De acordo com a delegada Maria Alice Amorim, a Polícia suspeita que o aplicativo vem sendo desenvolvido e aperfeiçoado desde 2006, por um rapaz que hoje está com 21 anos de idade. Quebras de sigilos telemáticos de mensagens eletrônicas, autorizadas pela justiça, reforçam a suspeita da evolução dos códigos. O hacker foi descoberto através de meticulosa investigação.
As investigações mostraram que a aplicação falsa do Banco do Brasil, utilizada para obter de forma fraudulenta credenciais de acesso bancários de clientes, é executada a partir de um servidor de subdomínio contido dentro do domínio da empresa Winco de tecnologia e soluções de segurança da informação e de conectividade TCP/IP, com escritórios em estados como Rio de Janeiro e São Paulo, configurado através de um software desenvolvido pela empresa.
O delegado chefe da Delegacia de Repressão as Ações Criminosas Organizadas (Draco), Alexandre Capote, disse que as quadrilhas vem cada vez mais diversificando suas formas de atuarem, sempre com fim de auferirem lucro. “Esse tipo de pessoa mediante um conhecimento técnico que elas detêm visa conseguir iludir as pessoas com fim de conseguir lucro”, enfatizou o delegado da Draco, que deu todo o apoio operacional e estrutural a Polícia Civil de Mato Grosso. (Com assessoria PJC/MT)

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