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Rondonópolis
, 22 maio 2024
 
 

Novo motim de presas na Cadeia Pública

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A tarde de ontem foi tensa na Cadeia Pública de Rondonópolis
A tarde de ontem foi tensa na Cadeia Pública de Rondonópolis

As presas da Cadeia Pública de Rondonópolis se rebelaram novamente no começo da tarde de ontem. A manifestação foi marcada por muito barulho,  quebradeira e queima de colchões. As detentas exigem a nomeação de uma agente prisional para dirigir a unidade. No dia 3 deste mês, um protesto semelhante foi organizado pelas mulheres que estão recolhidas na cadeia.
O tumulto começou por volta das 13h e um forte aparato policial foi montado para controlar a situação, mas a intervenção do juiz corregedor e da Vara de Execuções Penais, Wladimir Perry, evitou o confronto da PM com as manifestantes.
As  86 mulheres, distribuídas em sete celas, iniciaram o movimento gritando o nome da agente prisional e chefe de disciplina Marlene de Souza, exigindo que a mesma seja nomeada diretora da cadeia. As detentas amotinadas cobravam também a presença da presidente do Conselho da Mulher, Sandra Raquel, que esteve na unidade desde o princípio do motim, tentando apaziguar a situação.
Na rebelião anterior, as presas se queixavam da qualidade da alimentação e exigiam a nomeação da agente prisional Marlene. Todavia, como o Sistema Prisional havia nomeado a também agente prisional Bernadete Gonçalves Saggim para o cargo, acabou desagradando as detentas.
Das 86 mulheres presas, duas têm filhos recém nascidos e, segundo o juiz corregedor, elas se recusaram a sair das celas durante o motim. Por conta da fumaça da queima dos colchões, duas presas passaram mal e tiveram que ser encaminhadas ao pronto atendimento.
Uma delas é epiléptica e teve crise em razão do nervosismo e da situação verificada na cadeia. A segunda detenta é cardíaca e teve uma alteração de pressão. As duas foram medicadas e até a noite de ontem permaneciam sob observação médica no PA.
As detentas queimaram colchões em todas as celas e ainda quebraram a porta de uma cela, fazendo buracos na parede. O intuito delas era ganhar o corredor central da unidade e fazer o chamado ‘cavalo doido’, saindo em correria.
Mas, a interferência do juiz Wladimir Perry, conversando com as amotinadas, surtiu efeito e os ânimos se acalmaram. Ainda assim, as presas só retornaram ao interior das celas por volta das 17h30.
PRESOS TRANSFERIDOS
Assim que começou o motim das mulheres, 15 homens que estavam recolhidos em uma das celas da Cadeia Pública aderiram ao protesto. A PM interveio na situação, isolou os presos e eles acabaram sendo transferidos às pressas para a nova Cadeia Pública, em anexo à Mata Grande
O juiz Wladimir Perry disse estranhar o fato das presas estarem rejeitando a nova diretora Bernadete Saggim. “Eu não entendo o que pode estar por detrás disso. A diretora está há menos de 15 dias na direção da cadeia e não deu nem tempo de mostrar o seu trabalho. Por isso eu não entendo o por que dessa rejeição a Bernadete”, questionava o magistrado.
Por conta do fogo nos colchões, o Corpo de Bombeiros foi acionado e compareceu à Cadeia Pública. Porém, o veículo motobomba não pode entrar na unidade devido a altura do portão não ser compatível com o da viatura. Ainda assim, os bombeiros ligaram uma mangueira no caminhão e puderam utilizá-la no controle das chamas.
No que diz respeito à direção da Cadeia  Pública, nada ficou resolvido, uma vez que essa missão não compete ao Judiciário e sim ao Sistema Prisional do Estado, que é ligado à Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp).

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  1. Penso que todo ser humano deve lutar pelos seus ideais, o ser humano tem a mania de julgar e prejulgar as pessoas, presos tambem tem que ser ouvidos, afinal quem somos nós para condená-los. Atire a primeira pedra, o Bom Samaritano.

  2. Sr. Orlando Sabka,

    ordem e disciplina? Este filme o Brasil já assistiu e o final, creio eu, o Sr. conhece. Com certeza estas detentas tiveram motivos para se rebelarem. Não quer dizer necessariamente que as mesmas estejam cobertas de razão, mas, em linhas gerais, conhecemos bem a realidade do sistema prisional brasileiro; não reeduca ninguém! Pelo contrário. Portanto, não se trata de uma questão que deva ser tratada com bravatas superficiais.

  3. Queimaram colchões, tudo bem, vão dormir no cimento mesmo. Nada de regalias. Se rebelaram, uma semana somente com pão e água e as líderes do movimento, um mês de solitária. Querem anarquisar, linha dura nelas e ponto final. A ordem e a disciplina devem ser mantidas.

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