A banalidade é o tecido da nossa vida.
Diz aquele pensador em sua sabedoria.
E é verdade, pois no cotidiano é como ferida,
com a mesmice e a rotina do dia a dia.
A cada momento, as mesmas atividades repetidas,
as obrigações diárias que nos consomem a vida.
Trabalho, estudo, tarefas domésticas.
A banalidade se faz presente e nos domina.
Mas será que a banalidade é tão negativa assim?
Será que não há beleza e valor em seu fim?
Pois é na simplicidade do dia a dia que vivemos,
é nesse emaranhado de banalidades que nos reconhecemos.
Nos pequenos momentos, nos gestos corriqueiros,
na conversa com um amigo ou um sorriso verdadeiro.
A banalidade é o tecido invisível que nos envolve,
e é nessa teia que a vida se desenvolve.
Assim, abracemos a banalidade com gratidão,
pois é nela que encontramos a nossa conexão.
Em meio à rotina e às trivialidades,
descobrimos a verdadeira essência da nossa humanidade.
(*) Jorge Manoel é jornalista, professor, intérprete e poeta