Como é engraçado a vida,
apresentaram uma catapulta,
bem no meio da nossa infância
e nos remessaram à vida adulta.
Lembro pouco de você.
Quando brincávamos,
nalgumas vezes,
de passa anel e cantávamos.
Ainda jovens
fomos separadas.
Distantes em todas as formas.
O tempo passou, saudades gravadas.
Quero ver você.
Retocar seu batom.
Sentir sua face.
Enebriar-me com o seu cheirinho bom.
Sentar no aconchego
do nosso memorável quarto.
Conversar até a madrugada,
desapertar o coração até se sentir farto.
O tempo corre,
mas Deus permite.
Vamos prosear muito,
marca a hora e o dia do convite.
(*) Hermélio Silva é escritor e membro fundador da Academia Rondonopolitana de Letras, cadeira número 6