No glamour da paz
profunda do pós-guerra
imperdoa-se quem erra
o vinco da calça do rapaz
As calças eram renitentes
a mãe caprichava e dois vincos
fulminavam os nervos de moços tímidos
No Brasil que não chorava tantos combatentes
Calças amarfanhadas, vincos duplos
cobria de cinzas os esperados sábados
e o drama do mundo era as calças e os cintos
Possivelmente fosse rejeitado pela amada
por sua calça de risco duplicado;
os jovens das trincheiras esquecidos no inextrincável.
(*) Amadeu Garrido de Paula é poeta e advogado