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, 11 maio 2024
 
 

É a páscoa da ressurreição de Jesus de Nazaré!

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“Vós sabeis o que aconteceu em toda Judéia, a começar pela Galiléia, depois do batismo pregado por João…” (At 10, 37). Um marco importante em nossa vida, em nossa história, em nossa fé, sobretudo aos cristãos, é o fato de celebrarmos a páscoa de Jesus de Nazaré, a qual se tornou a nossa páscoa. A páscoa é a festa da passagem da morte para a vida. É a celebração mais importante na fé e na vida dos cristãos, porque o Deus que acreditamos e confiamos não é um Deus morto, que está no sepulcro, mas um Deus que dá a sua própria vida por amor aos seus filhos e filhas; ressuscitado dos mortos para dar a vida eterna por meio de seu filho, Jesus de Nazaré. Essa é a páscoa da ressurreição de Jesus de Nazaré, por isso, alegremo-nos e “daí graças ao Senhor porque Ele é bom!” (Sl 118,1).

A páscoa é uma festa muito antiga, que perpassou a vida e a história de muitos povos. Dentre tantos povos vamos nos firmar na páscoa celebrada pelos judeus, o que nos ajudará a compreender também o sentido da páscoa cristã. A páscoa dos judeus foi celebrada todos os anos. Era a celebração da memória da saída do povo hebreu que eram escravos do faraó no Egito. O povo hebreu, chamado na bíblia, o povo de Deus, conquista a sua liberdade. Deus os libertou e colocou a sua frente Moisés, que os conduziria a uma terra onde corre leite e mel. Então, a páscoa sempre foi celebrada como memória da saída da escravidão para a liberdade: “Tu os conduzirás e plantarás sobre a montanha, a tua herança…” (Ex 15, 17). A páscoa tornou-se uma festa do Templo em Jerusalém (cf. Dt 16, 1-8), tornou-se também o centro da liturgia judaica, presidida pelos sacerdotes e levitas, seus principais ministros. Tornou-se uma festa obrigatória aos judeus e seu descumprimento acarretaria a excomunhão (cf. Nm 9,13). O Templo em Jerusalém tornou-se o centro do sacrifício, aonde os judeus tinham que peregrinar pelo menos uma vez na vida para oferecer em sacrifício um animal, como oblação a Deus que os libertou.
É nesse contexto que Jesus de Nazaré viveu, como um judeu que participava da vida e da fé do seu povo, que conhecia suas tradições, e também, as promessas de Deus transmitidas durante séculos pelos profetas. Jesus vai crescendo em graça, sabedoria e estatura. Jesus compreende e vive em sua vida o desígnio do Pai. Ele, Jesus de Nazaré, sendo Deus, não fez disso uma usurpação, mas viveu a humildade e amou aquele a quem o Pai lhe confiou. Essa dedicação ao Reino de Deus e seu amor pela vida, pelas pessoas o levou ao Calvário, sendo colocado na cruz. Mas Ele ressuscitou dos Mortos! “Sabemos que Cristo ressuscitado dos mortos não morre mais; a morte já não tem poder sobre Ele” (Rm 6,10). Por isso, eu afirmei anteriormente, nosso Deus não vive no túmulo, é o Deus da vida!
O cordeiro que ofereciam no Templo como oferenda tornou-se agora o próprio Cristo, que na Cruz oferece a si mesmo para nos dar a salvação que vem por meio Dele. Jesus de Nazaré é o Cordeiro Imolado por nós! “Lembrai-vos, irmãos… Cristo morreu por nossos pecados, segundo as escrituras. Foi sepultado, ressuscitou ao terceiro dia, segundo as escrituras” (1Cor 15, 1-4). A páscoa cristã é esta, certeza de fé no Deus vivo e ressuscitado, que sempre nos ama, que jamais nos abandona, que dar-se a si mesmo para resgatar a cada um de nós. Páscoa é tempo de libertação de tantos males que escravizam homens e mulheres, da ausência de fraternidade e solidariedade com o próximo e de luta contra tantas opressões injustiças escancaradas entre nós. Que Deus abençoe a todos e uma feliz páscoa!

(*) Pe. Nazaré Cândido Paniago, Paróquia São José do Povo

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