(*) Jakson Aguirre
Mulher que chora baixinho vive cansada da luta
Rosto triste, sem sorriso marcado pela labuta
Seu filho chora de fome, não tem o que oferecer
Seu salário é de vergonha não dá nem para comer.
Vive sonhando que um dia essa vida irá mudar
Que a sua humilde casinha vai poder arrumar
Quer comprar um sofá novo, um armário, ou um fogão
Sonha em ter na sua sala uma grande televisão.
Seus sonhos de adolescente já viraram pesadelos
Contudo há esperanças, fé recheada de zelos
Trabalha incansavelmente de si própria se esquecendo
Contudo há esperança ao ver os filhos vão crescendo.
Derrama o coração, se entrega à árdua labuta!
Com dores incansáveis, sofre em grande luta!
Sensível esquece da sua dor, corroendo de emoção!
Mas leva a fé em seu Deus e o amor no coração.
(*) Jakson Aguirre é poeta e escritor, membro da academia rondonopolitana de letras, cadeira nº 8