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Meus olhos viram a salvação

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(*) Maria Aparecida silva

“Levaram o Menino a Jerusalém, a fim de O apresentarem ao Senhor, conforme o que está escrito na Lei do Senhor” (Lc 2, 22).

A Igreja Católica segundo a tradição celebra no dia 2 de fevereiro o dia da “Apresentação do Senhor Jesus” ao templo “conforme está escrito na Lei do Senhor”.

Historicamente esse rito remonta do Antigo Testamento. Houve tempo em que foi celebrado em 14 de fevereiro, quarenta dias após a festa da Epifania também conhecida como manifestação aos magos.

No Novo Testamento foi considerada como uma festa mariana, com o nome de “Purificação da Bem-aventurada Virgem Maria”. A partir da reforma litúrgica pós Concílio Vaticano II, passou a ser denominada de “dia da apresentação do Senhor” contando quarenta dias a partir do Natal.

O Evangelho de São Lucas relata: “Quando se completaram os dias para a purificação da mãe e do filho, conforme a lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, a fim de apresentá-lo ao Senhor’ Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, a fim de apresentá-lo ao Senhor. Conforme está escrito: ‘Todo primogênito do sexo masculino deve ser consagrado ao Senhor” Lc 2,22). Fazia parte do ritual, oferecer algo a Deus conforme suas posses. Assim José e Maria, pobres da periferia de Nazaré ofereceram um par de rolas ou dois pombinhos, como está ordenado na Lei do Senhor.

Havia em Jerusalém um homem chamado Simeão, “o qual era justo e piedoso e esperava a consolação do povo de Israel. O Espírito Santo estava com ele e lhe havia anunciado que não morreria antes de ver o Messias que vem do Senhor. Conduzido pelo Espirito Santo, Simeão veio ao Templo. Quando os pais trouxeram o menino Jesus para cumprir o que a Lei ordenava, Simeão tomou o menino nos braços e bendisse a Deus: “Agora, Senhor, podes deixar teu servo partir em paz; porque meus olhos viram a tua salvação, que preparaste diante de todos os povos: luz para iluminar as nações e glória do teu povo Israel”.

Após tomar o menino nos braços e bendizer ao Senhor, o profeta disse à Maria: “Este menino vai ser causa tanto de queda como de reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição. Assim serão revelados os pensamentos de muitos corações. Quanto a ti, uma espada te traspassará a alma. Assim serão revelados os pensamentos de muitos corações. Quanto a ti, uma espada te traspassará a alma” (Lc 2,34-35).

Havia também uma profetisa, chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era de idade muito avançada; quando jovem, tinha sido casada e vivera sete anos com o marido.

Depois ficara viúva, e agora já estava com oitenta e quatro anos. Segundo a tradição, passava seus dias no Templo, dia e noite servindo a Deus com jejuns e orações. E ao ver o Menino Jesus “Ana pôs-se a louvar a Deus e a falar do menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém”. Neste texto acima citado valoriza-se o papel dos idosos, dos avós, das viúvas.

Eram excluídos e esquecidos na sociedade. O texto bíblico faz questão de omitir os estudiosos, os chefes e poderosos do templo e resgatar a missão dos pobres, dos idosos e desvalidos.

O evangelho de Lucas ao terminar o relato da infância de Jesus, conclui: “Depois de cumprirem tudo, conforme a Lei do Senhor voltaram à Galileia, para Nazaré, sua cidade. O menino crescia e tornava-se forte, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava com ele”.

Segundo pensadores, “o reencontro de Jesus no Templo é o único acontecimento que rompe o silêncio dos Evangelhos sobre os anos ocultos de Jesus. Nele Jesus deixa entrever o mistério de sua consagração total a uma missão decorrente de sua filiação divina: sabíeis que devo ocupar-me com as coisas de meu Pai?” (Lc 2,49). Maria e José “não compreenderam” esta palavra, mas a acolheram na fé, e Maria “guardava a lembrança de todos esses fatos em seu coração” (Lc 2,51), ao longo dos anos em que Jesus permanecia mergulhado no silêncio de uma vida…

Que o Deus da vida, abençoe as famílias, que a exemplo da Família de Nazaré, aponte para seus filhos o seguimento de Jesus. Em Simeão cumpre-se antecipadamente a bem-aventurança de Jesus: “Felizes os olhos que veem o que vós vedes”; (Lc 10,23). Como Simeão possamos contemplar e oferecer o menino Deus para todas pessoas, com sua cultura e etnia dizendo: Os meus olhos viram a vossa salvação.

(*) Maria Aparecida Silva é Pedagoga e Psicopedagoga, membro da coordenação diocesana de Pastora

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