Escrevi artigo recente com o título “Cenários das eleições”. Nele tracei cinco possíveis cenários com composições de nomes que eventualmente poderão concorrer ao governo do Estado, à vice e a senadores e suplentes. Recebi dezenas de contribuições. Selecionei as colocações e os comentários mais frequentes dos leitores.
1 – Descrença nos políticos de modo geral. Aqui aparece uma rejeição muito grande aos políticos antigos; 2 – Descrença nos candidatos postos a governador até este momento; 3 – considera todos os nomes postos como gastos e corrompidos ou incapazes de dar respostas à sociedade; 4 – os leitores nutrem forte desejo de renovação no cenário político amplo; 5 – os leitores reconhecem de modo geral que ainda não ouviram propostas renovadoras para o futuro de Mato Grosso. Curioso: associam a falta de propostas aos nomes de políticos velhos. Incluem o governador Pedro Taques também como incapaz de gerar propostas novas; 6 – esperam um nome “milagroso” que ainda não surgiu. Nenhum leitor sugeriu um nome “milagroso”. Exceto alguns, que apontaram o ex-prefeito der Sorriso, Dirceu Rossatto. 7 – nenhum leitor apontou o que considera “propostas novas para a sociedade e para o futuro de Mato Grosso”.
Não foram muito além disso. Apareceram comentários de muita indignação geral e o desejo que os políticos sumam do mapa. Ficou claro que os leitores desejam renovação, mas não tem ideia do que seria efetivamente uma renovação. Traduz-se por descontentamento amplo, geral e irrestrito.
Encerro este artigo com a clareza de que embora o leitor não seja capaz de formular o que deseja, demonstra querer renovação. E deixa um enorme e espaço pra ideias dos candidatos, sempre ligadas ao futuro de Mato Grosso. Parece que aí está o coração do discurso de qualquer candidato. Incluindo o governador Pedro Taques que precisa se reciclar profundamente se quiser se reeleger.
Aliás, temas pra um extraordinário discurso de futuro não faltam. Falta vê-los.
(*) Onofre Ribeiro é jornalista em Mato Grosso.
