Há mais de 30 anos se canta canções de revolução, de denúncia … revolução… – ou diria que tivemos um ápice no passado, não tão longínquo – tal com “Que País é esse”, Cálice, Vida de Gado, mesmo que de periodos da historia muito próximos – mas certamente os efeitos cada vez menores, e os impactos em nossos dias para a reação popular cada vez menor, mesmo com denúncias, o povo cansou – ou não? Você perguntando o que ele acha da politica, ou o que ele faz por ela, ou se ele se envolveria? (Respostas de denuncia as mais variadas possiveis).
Porém o que surge como música em nossos dias, como arte, como denúncia? Mas o que é uma música do passado que não me sai da cabeça diz – “aluga-se”, do genial e louco Raul Seixas…
“A solução pro nosso povo eu vou dá
Negócio bom assim ninguém nunca viu
‘Tá tudo pronto aqui é só vim pegar
A solução é alugar o Brasil
Nós não vamo paga nada
Nós não vamo paga nada
É tudo free
Tá na hora agora é free
Vamo embora
Dá lugar pros gringo entrar
Esse imóvel tá pra alugar ah ah ah ah”…
A venda da Petrobras é uma dessas, situações difíceis entre politica e economia, população e governantes – pior que alugar, aqui é vender …o que se dizer de outros orgãos públicos; o que dizer da privatização, tercerização, … O que dizer do trabalho com novas regras, reducionistas e o retorno do força de trabalho, quase… e… ao extremo.
Denúncia – revolução – rovolto de ações… Aonde mesmo?
Ou vamos embora?
Para onde?É tudo free? Mas o que é free (livre)? Livre, leve e solto, ou acabou não tão solto assim…
Porfim pagamos e pagamos caro, seja pela boca de nosssos representantes, pela ambição, ou pelo julgo que não mudará, mas aí nas ruas vemos que muda sim, … e é para pior, ou acham que tudo sendo alugado, outros vendidos, preços la na lua, taxa de desemprego em outro planeta,… Seguimos dando as costas para a denuncia que seremos felizes?
Não seria egoismo demais, pois temos gente que depende da nossa voz, ou quer deixar pior do que quando você chegou aqui?
Pois malandragem – artimanhas ilícitas – é crime, é ofensivo, e do contrário, sujeito estamos á mais erros.
(*) Márcio Martins é psicopedagogo Dr.(t) em Ciência da Educação/UNC–[email protected]