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Matinal

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Das frestas do telhado
Desciam novelos de luz
Que saudavam minha infância
Todas as manhãs

Exercício matinal de imaginação
Doce ócio sem pressa ou compromisso
A mente vagando entre navios
Unicórnios e ursos polares

“Olha o leite!” gritava o homem
Na D10 branca que descia minha rua
“Vai, Marcelo”, pega a vasilha
Hoje quero um livro e meio

Deixava a cama semiacordado
Na sala reinava o cheiro de peroba
O mosaico do piso era simetricamente alegre
Havia colunas verdes na sala de jantar

A goiabeira do quintal desenhava sombras
Entre elas os cágados passavam indiferentes
Olha que ali tem ovos enterrados
Na trovoada vão sair os filhotinhos

Romeu me dava seu miado de bom dia
Rouco de preguiça e sonolência
Assim eram as manhãs em minha infância
E de mais não precisava a alegria…

(*) Marcelo Brito da Silva é doutorando em Estudos Literários pela UFMT e professor do IFMT campus Rondonópolis.

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