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, 25 maio 2024
 
 

Violência e política

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Marcelo Batista - 07-04-15

O homem é um Zoon Politikon (animal político), definição por excelência de Aristóteles, por isso é necessário pensar do ponto vista filosófico a temática violência e sua relação com a política. Essas temáticas devem levar em consideração um público que nem sequer sabe diferenciar política de “politicagem”.
Acredito que tal tematização possibilitará atiçar a curiosidade e o “espanto” deste público leigo. É mister pensar o sofrimento humano a partir dessas temáticas em todas as suas dimensões que nos desconcerta!
É preciso lembrar sempre esta expressão célebre: “Uma vida não refletida não é digna de ser vivida” (Sócrates). O sofrimento pode ser vivido como experiência negativa, depende de como o encaramos e o assumimos. O interesse que orienta esta reflexão é abordar e encontrar um “clarão” para o sofrimento do povo latino-americano e caribenho.
Essas realidades escandalosas de injustiça e opressão, coronelismo, diversidade cultural, corrupção na política que constituem o cenário e a motivação desta especulação que buscaremos dar razões criticamente, a partir da experiência humana de marginalização vivenciada por milhares de pessoas.
O escopo deste pensamento é apontar as consequências negativas de uma política corrompida na sociedade em que estamos inseridos e como consequência a desumanização do humano, de uma democracia que, no momento em que alcança o poder, torna-se tirânica, pois mata e maltrata todo ser humano.
A democracia deve acontecer em todos os âmbitos do mundo, sobretudo nos países latino-americano e caribenho marcados pela corrupção, troca de favores, coronelismo, “cão que pegou o osso e não quer largar”, principalmente com falsas promessas dos candidatos que desejam a todo custo alcançar o poder e permanecerem nele sempre com a concepção de uma democracia com rosto de oligarquia e tirania, tentando e reforçando os benefícios a um pequeno grupo, enriquecimento ilícito às custas dos pobres e marginalizados.
É possível com um olhar “clínico” diagnosticar a importância de se trabalhar temas transversais e de maneira interdisciplinar nas escolas, pois envolve todos os saberes e se constata uma grande apatia dos discentes e até mesmo de docentes pela política, uma vez que o homem é um “Zoon Politikon” profícuo adjetivo.
A teorização que faço do poder Executivo, Legislativo e Judiciário no Brasil é de que todos estão doentes, doença essa que se chama corrupção, patologia que paralisa o humano.
Hoje, não se percebe uma sintonia do termo democrático, no sentido etimológico, em que o poder não está nas mãos do povo, e sim nas mãos das lideranças escolhidas por meio de um processo de conscientização eleitoral, não realizado honestamente, uma vez que o processo eleitoral apresenta muitas incógnitas essas que precisam ser superadas e que se constata no Estado democrático.
Como fazer de fato, que aquilo que é almejado pelo ser humano, ou seja, o poder, não seja simplesmente um privilégio adquirido pelo populismo, demagogia e palavras vazias de uma liderança por relação a uma grande massa desprivilegiada, mas seja a participação de todos, fazendo acontecer a isonomia, uma igualdade tanto no âmbito da lei quanto no âmbito da moral, o dever-ser, caracterizando a democracia efetivamente?!
Em relação ao PODER que é dado às lideranças: governantes nos âmbitos Federal, Estados e Municípios?….. Manifesto minha indignação em relação a não aplicação ou aplicações muito “tímidas” de todos os recursos em benefício do povo.
A política em si é positiva, infelizmente, adquiriu um rosto sujo pelos péssimos políticos que, na maioria, não têm princípios éticos e morais, gerando e contribuindo para uma sociedade assolada pela violência, como: pobreza, falta de Educação (Escolas), falta de professores, de moradia digna para todos, um sistema de saúde sucateado e exorbitantes em valores que não retornam ao cuidado de todos que recorrem ao SUS que na realidade é um grande susto, fome, roubos, assassinatos.
Tudo isso consequência maior das ações arbitrárias dos “POLÍTICOS” que na maioria das vezes governam por eles e para eles e não para o povo.
Em minha formação, aprendi que a política não é algo abstrato. Assim como os valores éticos e morais, ela está presente dentro nós. Por isso somos políticos e podemos intervir no processo de transformação do nosso Brasil, pois quanto mais adquirirmos conhecimento, mais surgirá em nós consciência que vai nos impulsionar a lutar pelos nossos direitos e também deveres.

(*) Marcelo Batista, professor do IFMT Rondonópolis (Filósofo pela Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia de Belo Horizonte – MG)

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