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Inglês no SuperStar

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Jerry Mill de paleto - 10-04-13

Agendei com antecedência e, por isso, assisti no domingo, 12, depois do Fantástico, a estreia da segunda temporada do SuperStar, programa criado em Israel cuja proposta é revelar talentos e, no Brasil, levado ao ar pela Rede Globo. Na verdade, ele nada mais é que uma espécie de The Voice dominical que oferece o considerável prêmio de 500 mil reais, além de um contrato com a gravadora Som Livre.
A atração é um oferecimento da poderosíssima Coca-Cola, do chocolate Kit Kat (cujo slogan é Have a break. Have a Kit Kat.), dos sabonetes Francis, do creme condicionador Neutrox e do sabão Minuano. Os apresentadores deste ano são a bela Fernanda Lima e o irreconhecível (e cazuzamente esquelético) André Marques, além de Rafa Brites, que comanda a chamada Sala de Interatividade, local onde foi feito o merchandising para a grife de óculos Chilli Beans.
Os jurados deste ano, por outro lado, são Paulo Ricardo (ligado ao pop rock), Sandy (ligada ao pop) e Thiaguinho (ligado ao samba-pagode), que podem, juntamente com o público no estúdio ou da Internet (graças ao aplicativo disponibilizado pela produção do programa), levar a atração musical a alcançar o mínimo de 70% de aprovação e, com isso, fazer com que a tela suba e a banda candidata esteja automaticamente aprovada e classificada para a próxima fase. Segundo as regras do programa, ao final da sua primeira fase, serão 24 bandas classificadas, com oito grupos para cada padrinho/membro do júri.
Linguisticamente falando, alguns fatos chamaram a minha atenção nesse primeiro programa da série. Das oito bandas que se apresentaram, por exemplo, duas tinham nome em inglês: Leash (erroneamente pronunciada /laƒ/ pelos seus próprios membros, em especial seu vocalista Allan Furtado, e também pela apresentadora Fernanda Lima – em vez de /liЃ/, ou seja, ‘chicotada’ em vez de ‘coleira’) e Wannabe Jalva, que inclusive foi a única atração que cantou em inglês: a autoral Down the sea.
As outras atrações foram, em ordem cronológica, Stellabella (do PR, com apenas 36% de aprovação popular), Samba Livre (de SP, com 64%), Eletronaipe (do RJ, com 77%), Vibrações (de AL, 78%), Trio Sinhá Flor (de SP, com 84%) e Tianastácia (de MG, com 77%). Leash (de RR) e Wannabe Jalva (do RS) ficaram com 72% e 71% de aprovação, respectivamente. Nenhuma banda do MT ou do MS apareceu, até agora, mas algumas palavras da língua inglesa que deram o ar de sua graça, ‘espontaneamente’, durante o programa foram ranking, jazz, show e break.
E, como desgraça pouca é bobagem, para encerrar o primeiro dia, os coaches (como diriam o wonderful Carlinhos Brown) ainda cometeram o pecado de cantar trechos de Pés Cansados (Sandy), Caraca Muleke! (Thiaguinho) e Rádio Pirata (Paulo Ricardo). A parte do oh-oh-oh, em que os três juntaram suas vozes (e talento?), não agradou aos meus ouvidos. Pela repercussão via Internet, isso também afetou a sensibilidade musical de muitas outras pessoas Brasil afora.
A dúvida que fica: o melhor ou o pior é que está por vir no SuperStar?

(*) Jerry Mill, mestre em Estudos de Linguagem (UFMT), presidente 2009-2015 da Associação Livre de Cultura Anglo-Americana (ALCAA), membro da ARL (Academia Rondonopolitana de Letras), voluntário e parceiro do Rotary Club de Rondonópolis

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