O dia 1º de julho marcou o início do ano rotário 2014-15. Desde então, e até o dia 30 de junho do ano que vem, o chinês Gary Huang, do Rotary Club de Taipei, Taiwan, estará à frente da entidade, servindo como presidente do Rotary Internacional.
Seguindo a tradição rotária, Mr. Huang escolheu um lema para a sua gestão, a ser seguido pela Rotary family até o final da sua gestão: Faça o Rotary brilhar. Para ele, ao explicar o porquê do slogan escolhido, cabe à instituição dignificar as pessoas, e aos rotarianos levar luz onde há trevas, bem como iluminar a imagem (e as ações) do Rotary em todo o mundo.
Inspirado em uma citação de seu conterrâneo Confúcio (pensador e filósofo chinês, 551 a.C. – 479 a.C.), considerado por ele o primeiro rotariano do mundo, o lema pode agora ser visto em diversos tipos de material de divulgação do Rotary, e em especial em banners estrategicamente colocados (com o merecido destaque) como parte da decoração durante as reuniões semanais nos quase 35 mil clubes espalhados pela superfície do globo terrestre.
Cá entre nós, encontrar e falar com um presidente do Rotary Internacional não acontece todo dia. Eu, particularmente, já tive este privilégio (que nem todo rotariano já teve) três vezes. A primeira vez foi em Lisboa, quando estive ao lado do japonês Sakuji Tanaka, que presidiu o RI em 2012-13. Este ano, em Sidney, Austrália, consegui a façanha de trocar apertos de mão e algumas palavras com o americano Ron Burton, presidente 2013-14 do RI, o que não tinha sido possível na Convenção do ano passado, em Portugal.
Em Sidney, tive a oportunidade de me encontrar também com Gary Huang (e sua esposa Corinna Yao), durante a Pré-Convenção dos Oficiais de Intercâmbio de Jovens, no final de maio. Na ocasião, ele, muito atencioso e afetuosamente, atendeu à minha solicitação para que tirássemos uma foto juntos. Para minha surpresa e satisfação, ele fez muito mais do que isso: assim como Ron Burton, ele fez questão de segurar o livro que eu havia dado a ele (o Homo Rotarius) e me disse, num inglês acima da média oriental, que já estivera no Brasil e tinha gostado muito do país, e esperava me ver entre os companheiros brasileiros que tivera a oportunidade de conhecer e conversar na Convenção do RI em São Paulo em 2015. O que eu disse? Yes, of course, Sir! – ou algo parecido…
Embora esta não tenha sido a primeira vez que eu tive a oportunidade de estar perto de um presidente do RI, senti que a interação foi diferente desta vez. A sensação de paz, harmonia, paciência e cordialidade emanada por Mr. Huang foi algo bastante marcante para mim. Sua evidente generosidade e extrema simplicidade ao se dirigir a quem estava à sua volta provocou uma reação que eu não tinha visto ou sentido das outras vezes. Não quero, com isso, dizer que ele foi melhor ou mais atencioso que os demais presidentes do RI que encontrei. Quero ressaltar apenas que ele foi di-fe-ren-te…
Como os dias, as semanas e os meses têm passado muito rapidamente (ao menos para mim!), logo chegaremos a junho de 2015. Farei o possível para participar da Convenção do RI em São Paulo. Na oportunidade, certamente terei a chance de rever o companheiro Gary Huang e sua inseparável esposa Corinna Yao. O evento, estranhamente, marcará o ponto máximo do que ele conseguiu alcançar em nome da entidade em sua gestão, mas também será a sua última festiva à frente do RI. A partir de então, o primeiro chinês a presidir o Rotary Internacional será sucedido por K. R. Ravindram, associado do Rotary Club de Colombo, do Sri Lanka. Com isso, o lema anual do RI será outro a partir de julho de 2015, mas o desejo de ver o Rotary brilhar há de permanecer na mente e no coração de cada rotariano que habita este pontinho azul no universo chamado Terra.
(*) Jerry Mill é mestre em Estudos de Linguagem (UFMT), presidente da Associação Livre de Cultura Anglo-Americana (ALCAA), membro da ARL (Academia Rondonopolitana de Letras), associado representativo e oficial de intercâmbio do Rotary Club de Rondonópolis (D4440)
