Abracei meu sono na noite passada
Já era tarde, uma fria madrugada
Depois de tempo sem dormir
Consegui adormecer,
Está tão difícil te esquecer.
Vejo as estrelas brincando
Fazendo ciranda no espaço
Fico aqui flutuando
Que saudades dos teus abraços.
Ficarei nessa dependência até quando?
Meu sofá parece ter espinhos
Ficou tão amargo meu vinho
Sinto tanta falta de você.
Estou perdendo o controle
A gente não se desgrudava
Vivia sempre se encaixando,
Agora nem procura se interagir.
Estamos dispersos na retaguarda
Vejo o meu hoje além do infinito
Quem sobrevive?
Absolutamente nada deixamos escrito.
Até gostaria de saber
Onde posso ir,
Deixar-se-ia incompleto ou deveria concluir.
Mesmo assim ainda me sinto feliz,
Só não consigo sorrir com facilidade.
Isso é algo que vai passar
Uma malvada saudade
Daquelas que deixa cicatriz
E sabe me achar.
(*) Francisco Assis Silva é poeta e militar – email: [email protected]