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, 19 maio 2024
 
 

Desigualdade

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Notícias estarrecedoras sobre a desigualdade econômica abalam pessoas sensíveis e com preocupações sociais permanentes. A mídia dá conta de que o poder aquisitivo das 85 pessoas mais ricas do mundo equivale à renda de 3.5 bilhões dos seres menos abastados, ou seja, das regiões mais pobres do planeta.

É absolutamente surreal que cheguemos ao século XXI atrelados a sistemas econômicos que propiciem tais barbaridades. Recorrendo à gramática: o verbo “ganhar” é bitransitivo, quem ganha, ganha alguma coisa de alguém. Se esse ganho ultrapassa os níveis justos, logicamente, alguém perdeu, e muito.

Algo tem de estar muito errado e tem de ser corrigido rapidamente, uma vez que a “carneirada” já mostra sinais de muito descontentamento. Propagam-se rapidamente pelo mundo afora movimentos anárquicos violentos que clamam por mudanças sociais.

Ataques disseminados às instituições públicas, ao sistema bancário e, ultimamente, aos templos do consumo – os Shopping Centers – são a prova de que está se tornando cada vez mais difícil para a população a convivência com tantas desigualdades. Que as sociedades atentem, enquanto é tempo, para a necessidade de novos sistemas econômicos financeiros, ou para reformulações eficazes dos antigos, com a urgência necessária à gravidade da causa.

Não é mais possível que pouquíssimas pessoas tenham oportunidade para crescimentos desmedidos, enquanto a esmagadora maioria esteja condenada à miséria e ao descaso. E que não venhamos com discursos hipócritas, falsos, moralistas, implorando caridade ou justiça divina, como têm acontecido há séculos.

Enfim, do escravagismo ao feudalismo e ao capitalismo, ou qualquer outro “ismo”, os passos têm sido muito lentos e cruéis no que tange ao despertar de uma maior conscientização para tanta desigualdade na terra. Dados como esses divulgados, apenas degradam o ser humano, inviabilizando, quem sabe um dia, a sua existência nesse Planeta.

(*) GABRIEL NOVIS NEVES é médico em Cuiabá e ex-reitor

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  1. Gabriel, a humanidade ainda precisa se desenvolver mais para chegar ao sistema perfeito de distribuição de rendas, mas temos em alguns países europeus bons exemplos de justiça social sendo vivenciados por pessoas de todas as idades. Por aqui, no Brasil, ainda estamos longe de atingir o ideal, sobretudo quando se pensa que o governo brasileiro está muito próximo de um modelo socialista tropical: diga-me com quem andas e te direi quem és!.
    Abs

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