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, 17 junho 2024
 
 

Famílias e a ternura do papa Francisco

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Laci Maria Araujo AlvesNesses dias vivenciamos momentos que marcaram a vida de muitas pessoas: a presença do papa Francisco em terras brasileiras. Momentos de paz, de oração e de muitos aprendizados especialmente sobre a prática do amor. O papa mostrou com sua forma simples de ser que amar é muito mais do que estar com o outro: é acolher indistintamente a todos.

Amar enquanto exercício para a construção de um mundo mais fraterno, no entanto, implica em desestabilização, pois é preciso sair do comodismo, atravessar as fronteiras do egoísmo para experimentar a alegria do encontro. E foi a alegria do encontro que pudemos perceber durante a Jornada Mundial da Juventude. Jovens do mundo inteiro reunidos para um encontro com Jesus, por meio do papa Francisco. Para além das dificuldades que se apresentaram, decorrentes da presença de tantas pessoas em um mesmo espaço, foi possível notar que nada foi mais forte do que o desejo de “estar junto com o Papa”: chuva, frio e até fome não desanimaram as pessoas e elas permaneceram juntas até o final… A presença viva de Jesus no meio daquela multidão pode ser sentida por todos os que acompanharam a jornada…

Assim deveria acontecer também em nossas famílias; no entanto, a cada dia percebemos que as pessoas estão se distanciando, envolvidas pelos instrumentos do capitalismo que muito rapidamente se modernizam e geram mais e mais escravidão. Quase que inconscientemente novos equipamentos vão ocupando espaços cada vez maiores em nossas vidas e ditando novas normas que muitas vezes seguimos sem o menor questionamento. Em casa, por exemplo: quanto tempo gastamos por dia na internet e no celular e quanto tempo dedicamos às pessoas com as quais convivemos? Temos dedicado tempo para orações, partilhas, abraço, diálogos?

É necessário rever as nossas práticas e reorganizar o nosso tempo. Dedicar mais tempo às pessoas e menos tempo para as coisas pode ser o caminho para recuperarmos relações afetivas e nos sentir mais felizes. Por mais difícil que seja a convivência familiar é na família que encontramos forças para superar os problemas cotidianos e colaborar para a construção de uma sociedade melhor.
O papa Francisco lembrava nesses dias que é preciso investir na acolhida, pois não existe “mãe por correspondência”; mãe é aquela que afaga, que acolhe, que abraça, que ama… Ao citar esse exemplo, o papa quis nos mostrar que todos nós somos chamados a agir como “mãe”, a ir ao encontro do outro com amor e ternura como ele fez conosco em sua visita ao Brasil. Temos necessidade de nos sentir amados e acolhidos e nem sempre temos feito dos nossos lares um espaço de aconchego. Nesta Semana dedicada a reflexões sobre as famílias somos convidados a voltar nossos olhares e cuidados para nossas famílias, a recuperar a prática do abraço, do carinho, da amizade, do diálogo, enfim, a fazer dos nossos lares um espaço de ternura, de paz e de encontro. O papa Francisco nos revelou nesses dias que a simplicidade, a humildade e a sabedoria são elementos imprescindíveis para que tenhamos um mundo mais solidário, mais justo e mais fraterno e que o amor que reinou nessa jornada mundial da juventude pode reinar todos os dias em nossas famílias… Como dizia o papa João Paulo II: “Investir na família é construir o futuro”. Invista em gestos de amor e de ternura em sua família… Vale a pena!!!

(*) Laci Maria Araujo Alves, Paróquia Bom Pastor

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