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Rondonópolis
 
 

O lugar onde hoje eu vivo

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Eram dez horas da noite. Talvez menos, talvez mais. É difícil prestar atenção nesse tipo de coisa quando nossa mente está voltada para o novo. E o novo se apresentava diante de mim como um mar de pequenas luzes a iluminar uma escuridão abrangente.
Quanto mais avançávamos, mais distante ela parecia estar. Mas em determinado segundo ela surgiu e acalmou meus temores de que nunca chegaria. Podia ver os prédios crescendo em torno de mim, tão pequenina no meu carro popular de família. Eu não conseguia me desgrudar do vidro da janela, não querendo perder em detalhe qualquer do que via. Queria manter todos aqueles importantes detalhes dentro de mim, absorver todas aquelas novas informações que dançavam como sombras escuras desenhando ruas, casas, pessoas, vidas.
Andamos dentro do carro por minutos que pareceram horas. Dobramos esquinas e paramos em semáforos, até encontrar o apartamento pequeno onde ficaríamos durante um tempo. Assim que desci do carro, exausta pelas incontáveis horas de viagem, senti o calor na pele que assolava a cidade naquela noite quente de janeiro. Eu já esperava por aquilo uma terra de temperaturas, temperos e temperamento quentes.
Os meus olhos de estrangeira, depois de minha chegada, passaram a captar com atenção todo o movimento. Uma cidade colorida, viva e formada por todo tipo de gente. É, gente como a gente. Que acorda cedo e encara elevados graus para tornar sua vida cada vez mais feliz. Pessoas que percorrem praças arborizadas e alegres, pessoas que levam  seus filhos para as escolas prontas para formarem adultos responsáveis. Pessoas que constroem edifícios para durarem décadas ou destruírem aquilo que já não traz beleza. Pessoas que dão duro no que fazem, ou então querem apenas um minuto ou uma hora de lazer. Pessoas que sabem o significado de serem livres.
Só quem vem de fora sabe o quão difícil é deixar a terra de onde nasceram, cresceram e viveram por tanto tempo. Mas quando se chega a Rondonópolis, percebemos que não é necessário abandonar nossas raízes. Elas estarão sempre conosco, no nosso mais profundo sentimento, e a boa notícia é que esta cidade nos permite compartilhar este sentimento. Pronta para receber todas as diversas culturas das quais o Brasil se forma. Rondonópolis mostra para todo visitante que ela pode nos manter aconchegados e protegidos, acolhidos por um povo distinto entre si, mas que unidos me ensinaram a agradecer o lugar onde, a partir de agora, vivo.

(*) Aluna: Amanda Oliveira Prates Santos; Professora: Joana Martins Lustosa; Diretora: Sara Regina Cardoso; Escola Municipal Rosalino Antônio da Silva

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