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Inglês portátil

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De todas as inovações que surgem e nos surpreendem a cada novo dia, a nanotecnologia (em sintonia com a tal portabilidade) é, de longe, a mais impressive de todas, ao menos para mim. Quem poderia imaginar, há duas ou três décadas, o salto quantitativo e qualitativo de engenhosidades e engenhocas que estariam à nossa disposição hoje em dia, por exemplo? Com exceção (talvez) de um Jules Verne, um Isaac Asimov e um seleto grupo de seres humano especiais, quem mais?
O fato é que, só para exemplificar, os celulares já não são mais os mesmos. Outrora eles serviam quase que exclusivamente para fazer ou receber ligações, enviar ou receber mensagens e (quando muito) tirar fotos e passar tempo com alguns jogos bastante rudimentares. Nessa época, cell phones eram para poucos, e sua posse e manutenção davam um quê de status ao seu dono/a no meio da multidão ou conhecidos, vizinhos, amigos, parentes. Davam…
Como as coisas mudaram tão rapidamente! Ou será que fui eu (fomos nós) que parei (paramos) no tempo? Hoje, qualquer um tem celular – do mais simples ao mais cool. Na verdade, a moda agora é ter mais de um celular. Quanto mais, melhor. E com recursos dos mais variados – seja para efetivamente utilizar com alguma periodicidade ou para ostentar modernidade em meio àqueles que ainda vivem nos tempos das cavernas. Em meio aos meus alunos, às vezes, eu me sinto exatamente assim: um autêntico caveman! Basta para tanto eu mostrar o meu celular…
É interessante notar como a geração Google/Facebook consegue se conectar com o mundo virtual com extraordinária facilidade, mas tem enorme dificuldade de traduzir com palavras (compreensíveis e concatenadas) e ações suas próprias ideias, anseios e planos para o futuro pessoal e coletivo na vida real. Repetir o discurso pronto da Internet é, para mim, a lavagem cerebral do século XXI…
De qualquer forma, de celular em punho, um jovem hoje consegue façanhas inimagináveis quando eu tinha a mesma idade, no já distante século XX. A geração do giz e lousa, do telefone fixo e dos poucos canais de TV deu lugar à geração da lousa digital, do iPhone (iPad, smartphones e quetais) e da TV via satélite, com seus incontáveis canais de áudio e vídeo. Se antigamente as escolas de idiomas eram em geral a única opção para se aprender uma língua estrangeira, hoje basta lançar mão de apps, forma curta para applications (nada mais, nada menos que aplicativos, software ou ‘programinhas’ que rodam nas mais variadas gadgets disponíveis no mercado – na nossa tão maltratada língua portuguesa), que a festa está armada.
Sem a pretensão de tomar o lugar de professores ou cursos de idiomas, diferentes (e criativos) aplicativos têm dado muito mais que uma mãozinha a quem não tem tempo ou dinheiro à mão na hora de aprender outras línguas. Pagos ou gratuitos, com ou sem a necessidade de conexão de Internet, uma infinidade de apps se apresenta em forma de dicionários, tradutores, jogos, arquivos em áudio, vídeo ou foto – para a alegria e aprendizagem (ainda limitada) de autodidatas ou aficionados por idiomas, no Brasil e no mundo.
É assim que a chamada educação móvel (mobile learning, em inglês) tem conquistado um número crescente de adeptos: tecnologia simples, preço baixo, mobilidade e linguagem jovem, geralmente através de exercícios interativos, vocabulário ilustrado e gramática simplificada. Em outras palavras: aulas e lições em doses homeopáticas. E tem mais: com o recente advento dos tablets, os cursos de línguas por SMS podem estar com seus dias contados, mas ainda são uma opção para aqueles que pretendem manter contato com o idioma-alvo e aprimorar seus conhecimentos sem investir muito dinheiro.
Já aqueles usuários que têm um iPhone ou Android, nada melhor que ter à disposição aplicativos como Voxy, Busuu e Na Ponta da Língua, só para citar alguns dos que estão disponíveis no mercado atualmente. Agora, sinceramente, se você acha que vai aprender inglês assim, sem interagir com pessoas de carne e osso, brasileiras ou estrangeiras, é melhor você mudar um pouquinho o seu conceito. Otherwise, cedo ou tarde, você vai acabar mesmo é recebendo o Troféu Joel Santana…

(*) Jerry Mill é mestre em Estudos de Linguagem (UFMT), Presidente da Associação Livre de Cultura Anglo-Americana (ALCAA) e Membro do Rotary Club Rondonópolis

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