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Rondonópolis
, 11 maio 2024
 
 

20 de novembro, Dia da Consciência Negra

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Hoje, comemoramos o Dia da Consciência Negra, data criada na década de 60 para reflexão sobre o sistema escravista e os direitos dos afro-descendentes. 20 de novembro foi a data da morte de Zumbi dos Palmares, personagem principal da resistência à escravidão no Brasil, que foi morto ao tentar mostrar a importância da cultura e do povo africano na manutenção da cultura nacional e principalmente, lutar pelo direito de cada indivíduo de ser livre e por ir e vir quando quiser, ter o livre arbítrio.
Peço aos leitores que reflitam sobre a importância dessa data e não a veja anualmente apenas como mais um feriado. Relembrem dados históricos para auxiliá-los na construção de tal consciência. Quando falamos em escravização dos negros, a impressão é de que isso ocorreu há centenas de anos, porém, o fim do cerceamento dos direitos dos negros só ocorreu em 1888, quando a filha de Dom Pedro II, Princesa Isabel, sancionou a Lei Áurea, que abolia a escravatura.
Em Rondonópolis, o Movimento Negro é o disseminador dessa consciência, que através de ações de inclusão, conquistou resultados importantes para os afro-descendentes. O projeto mais conhecido capitaneado pelo Movimento é o cursinho pré-vestibular gratuito, que atende muito além da cor, da descendência. A escola dá oportunidade a pessoas com baixa renda de ingressar no ensino superior e como conseqüência ter sucesso profissional e conquistar uma vida digna. Outra luta importante do Movimento é na criação de sobrevagas na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e aumento no percentual de cotas.
Por entender a gênese da questão, a Câmara Municipal tem sido parceira do Movimento, dando voz e ecoando essas ações através do voto. Nós, vereadores, temos a consciência do dever junto a toda a comunidade de Rondonópolis e em especial, a camada com baixa renda, que enfrenta muitos problemas para conquistar o devido espaço na sociedade.
É difícil corrigir 500 anos de exclusão e entender as razões que alimentam o preconceito e a discriminação a cultura afro, que é parte do nosso dia-a-dia, da música que ouvimos, da gastronomia, mas principalmente, ela está nas nossas veias, faz parte do nosso DNA.
Como diz o anúncio da Câmara nesta edição, “a nossa cor hoje é o vermelho, cor do amor que une os corações de todos nós. Esqueçamos então, as designações de cores, etnias, raças, religiões. Vamos nos unir em torno do amor e com ele garantir a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva.

(*) Ananias Filho é presidente da Câmara Municipal de Rondonópolis.

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